Assim falava Nostradamus

por Izaías Almada

Estados em Rede, Bonecas Reborn, ataques à democracia, genocídio impune na Faixa de Gaza…

Psicólogos, psiquiatras e psicanalistas esfregam as mãos de contentamento, pois clientes aos milhões não faltarão daqui para frente, inclusive entre eles.

Por qual razão?

Entre o passado, o presente e o futuro, as “fake news” e as Big Techs ajeitam-se para tornar o mundo mais distante das nossas mentes e corações.

Encontros presenciais? Cada vez menos… Olho no olho? Cada vez menos… Apertos de mãos? Cada vez menos… Abraços fraternos? Cada vez menos… Respostas a mensagens recebidas no Whatsapp? Cada vez menos…

Ameaças? Aos montes… Tentativas de golpes? Incalculáveis… Indiscrições? A granel… Vendas de receitas médicas e remédios falsos? Incontáveis…

O Vale do ‘Suplício’ não perdoa.

Ali, algumas das grandes empresas norte americanas e não só vão comendo o mingau pela beirada do prato e devagarzinho construindo um mundo onde o celular, o computador, os robôs e outras máquinas substituem homens e mulheres em novas máquinas de pensar e, o que é triste, homens e mulheres cada vez mais egoístas e conservadores…

Não é por acaso que a China e a Rússia se preparam para enfrentar o que vem por aí.

Uma terceira guerra mundial? Quem sabe? Eu não afirmei isso, mas sempre existe essa possibilidade…

A propósito: há muito não se ouve falar de um homem que atendia pelo nome de Nostradamus. Há mesmo quem acredite que ele nunca existiu, apesar de ter pai e mãe franceses… Ele viveu no final da Idade Media, em França (1503/1566) e previu inúmeros acontecimentos, entre eles a ascensão de Hitler na Alemanha.    

As Profecias de Nostradamus ficaram famosas e são lembradas de tempos em tempos.

Em 1981 o jornalista e escritor holandês Rene Noorbergen publicou na Inglaterra uma obra sobre Nostradamus intitulada “Convite ao Holocausto”, lançada no Brasil em 1983 pela Editora Francisco Alves com o titulo de “As Profecias de Nostradamus”.

Escritas em estrofes de quatro versos, em cada uma delas o visionário aponta, por exemplo, o conflito da Rússia (a Rússia de Kiev do século IX), com a Ucrânia dos dias atuais.

Fala também de uma provável aliança entre Rússia e Estados Unidos (Nostradamus jamais revelou de onde tirava ou recebia as suas profecias), mas “que não produzirá qualquer resultado mensurável, falhando a tentativa de solução das divergências entre as nações, através da cooperação internacional”

É o caso hoje do criminoso genocídio em Gaza provocado pelo Estado Israel, onde o mundo impiedosamente assiste a morte de milhares e milhares de palestinos, não só pelos armamentos modernos de rápida destruição, mas pela falta total de humanismo e da covarde atitude de impedirem até ajuda humanitária aos que morrem de fome e de sede.

É esse o paraíso no qual desejamos e queremos viver? É esse o maravilhoso mundo capitalista neoliberal?

E ainda existem idiotas por todos os continentes que adoram ler a debochada lista das pessoas mais ricas do mundo.

Ricas para quê? Para desaparecerem junto com os mais pobres pela colisão de um imenso meteoro com a terra e que dizem estar a caminho? Disso também falou Nostradamus.

Em outras palavras: visionários, profetas, filósofos, historiadores, economistas, sociólogos, matemáticos, psicólogos, jornalistas, neurocientistas, papas, políticos e por aí afora usam seus conhecimentos para encontrar o melhor caminho para a humanidade.  

E isso está difícil. A cada década vivida, temos que repensar muito sobre o que se passa ao nosso lado.

Izaías Almada é romancista, dramaturgo e roteirista brasileiro nascido em BH. Em 1963 mudou-se para a cidade de São Paulo, onde trabalhou em teatro, jornalismo, publicidade na TV e roteiro. Entre os anos de 1969 e 1971, foi prisioneiro político do golpe militar no Brasil que ocorreu em 1964.

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Last Update: 12/06/2025