O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reinaugurou nesta quarta-feira (8) a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, uma das principais peças do Palácio do Planalto. O quadro, avaliado em cerca de R$ 8 milhões, foi danificado durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A cerimônia integra os eventos promovidos pelo governo para marcar os dois anos dos atos antidemocráticos. A obra, que havia sido encontrada com sete perfurações de tamanhos variados, passou por um minucioso processo de restauração. Ela voltou a ocupar seu lugar original no terceiro andar do Planalto, próximo ao gabinete presidencial.
Segundo Andréa Bachettini, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenadora do projeto de restauração, os danos frontais foram reparados de forma a ficarem imperceptíveis, mas as “cicatrizes” dos rasgos ainda são visíveis pelo verso do quadro. “A gente não podia esconder essas marcas”, afirmou a restauradora.
Além de “As Mulatas”, outro símbolo histórico restaurado foi o relógio de Balthazar Martinot, peça do século XVII que estava danificada. O relógio foi enviado à Suíça para recuperação e, segundo Lula, representa “um marco de resiliência e reconstrução”.
Nas redes sociais, o presidente destacou a importância de relembrar os acontecimentos de 8 de janeiro para preservar a democracia.
“Dois anos depois da tentativa de enfraquecer a democracia, seguimos na defesa intransigente do nosso país. Hoje, entregamos ao povo brasileiro parte do seu patrimônio que tentaram destruir”, escreveu no X, antigo Twitter.
Veja a cerimônia de reinauguração das obras de arte:
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