Os valores bolsonaristas não sempre conquistam os evangélicos paulistanos. Temas como armas e “educação em casa” tendem a afastar essas igrejas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, conforme aponta uma pesquisa do Datafolha.
A questão das armas, uma pauta central do bolsonarismo, não atrai os fiéis de São Paulo. Apenas 28% deles aprovam a ideia de que os cidadãos possam ter uma arma para defesa pessoal.
Embora essa agenda nunca tenha sido popular nos púlpitos, a aliança entre pastores e Bolsonaro, assim como entre as bancadas evangélica e da segurança pública, fez com que muitos líderes religiosos evitassem críticas diretas a essas pautas.
Por exemplo, em 2015, o pastor bolsonarista Silas Malafaia considerava a revisão do Estatuto do Desarmamento “um verdadeiro absurdo”. Contudo, em 2022, ele afirmou que, apesar de pessoalmente não ser favorável às armas, cabe ao povo decidir, como soberano, se deve haver o direito ao porte de armas.
Vale destacar que, durante seu mandato, Bolsonaro também promoveu a educação em casa, respondendo a um desejo de famílias preocupadas com a intervenção do Estado na educação de seus filhos e com uma suposta doutrinação de esquerda nas escolas.
O modelo, entretanto, não tem grande aceitação na comunidade evangélica. Apenas 19% apoiam a ideia de que os pais possam substituir a escola tradicional por aulas em casa. Especialmente nas periferias, o sistema escolar é uma rede de apoio crucial e uma fonte de alimentação através da merenda escolar, o que contribui para a rejeição ao homeschooling.
A pesquisa Datafolha entrevistou 613 paulistanos que se identificam como evangélicos entre os dias 24 e 28 de junho. A margem de erro é de quatro pontos percentuais.
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