O governo argentino confirmou, na sexta-feira (2), Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, declarou a chanceler Diana Mondino na rede X.
“Todos podemos confirmar, sem nenhuma dúvida, que o legítimo vencedor e Presidente eleito é Edmundo González”, indicou Mondino, em linha com um pronunciamento similar ao do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.
A chanceler argentina justificou a posição do governo “vários dias depois da publicação das atas eleitorais oficiais da Venezuela em resultadosconvzla.com”, site no qual a oposição ao atual presidente Nicolás Maduro publicou os documentos no domingo.
Desta forma, a Argentina se junta aos Estados Unidos e Peru, que também não reconhecem a questionada reeleição de Maduro nas eleições gerais de domingo.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato de seis anos, com 51% dos votos frente aos 44% de González Urrutia, seu principal adversário.
A oposição defende que possui cópias de mais de 80% das atas e que seu candidato obteve 67% dos votos.
O posicionamento argentino suscitou a expulsão de sua equipe diplomática da Venezuela, que na quinta-feira deixou a embaixada que acolhia seis venezuelanos como refugiados.
O Brasil assumiu a custódia dos agentes diplomáticos argentinos em Caracas e a proteção dos refugiados, bem como a proteção da legação peruana, após a Venezuela ter rompido relações diplomáticas com o Peru na terça-feira.