Nesta segunda-feira (14), o governo da Argélia determinou que 12 funcionários da embaixada francesa deixem o território do país africano dentro de 48 horas.
A ordem é dada na esteira da prisão de três argelinos pelo governo da França. Um dos presos é oficial de consulado, e eles foram presos sob a acusação de sequestrar Amir Boukhors.
Boukhors é um argelino conhecido por criticar, através do TikTok, o governo da Argélia, acusando-o, dentre outras acusações, de corrupção. Tendo recebido asilo político na França em 2023, ele teria sido supostamente sequestrado em abril de 2024. Foi libertado um dia depois.
O ministro das Relações Exteriores da Argélia declarou que as acusações feitas contra os três argelinos presos pelo suposto sequestro são uma “conspiração judicial inadmissível”, com objetivo de sabotar a tentativa da Argélia de melhorar laços bilaterais com a França.
A conjuntura da crise diplomática seria a disputa entre Argélia e Marrocos referente ao território chamado Saara Ocidental, rico em recursos. Em 2024, o presidente francês Emmanuel Macron declarou apoio às reivindicações do Marrocos sobre a região.
Pronunciando-se sobre a expulsão dos diplomatas franceses, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, condenou a medida e instou a Argélia a “abandonar essas medidas de expulsão”, acrescentando que a França “não teria escolha a não ser responder imediatamente” se as medidas não forem revertidas.