O ex-procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ex-procurador-geral da República, Hugo Aras, sabia do esquema de espionagem ilegal da Abin e preferiu ignorar o caso. A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, determinou, no final de 2020, que ele investigasse a estrutura clandestina, mas não concluiu a apuração. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.

Na ocasião, a magistrada determinou que ele apurasse o uso da Abin para beneficiar o senador, Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, Jair Bolsonaro. À época, foi revelado que a agência foi acionada para buscar provas que derrubassem o caso Queiroz.

Em 2021, a PGR chegou a pedir ao portal Metrópoles para entregar os relatórios que mostravam o uso da Abin para ajudar o parlamentar na investigação, mas os documentos não foram entregues para preservar o sigilo das fontes.

Posteriormente, Luciana Pires, advogada de Flávio, foi chamada para depor na PGR e se recusou a participar da oitiva, alegando sigilo profissional. O órgão então decidiu não prosseguir com a apuração.

O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

A Polícia Federal então investigou o caso e descobriu a estrutura paralela usada pelo governo Bolsonaro com a Abin. A corporação descobriu que, além de ajudar os filhos do ex-presidente, a Abin monitorou de maneira ilegal autoridades, servidores públicos e jornalistas considerados opositores.

Nesta semana, a PF prendeu o militar, Giancarlo Gomes Rodrigues, o agente da corporação cedido à Abin, Marcelo Araújo Bormevet, o ex-assessor da Secretaria de Comunicação da Presidência, Mateus de Carvalho Sposito, o empresário, Richard Dyer Pozzer e o influenciador, Rogério Beraldo de Almeida. Policiais federais também cumpriram mandados de busca e apreensão contra os ex-assessores, José Matheus Sales Gomes e Daniel Ribeiro Lemos.

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Última Atualização: 12/07/2024