A aprovação do governo chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 54%, o maior índice do ano, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira 10 pelo instituto Quaest. A desaprovação ficou em 43%.

A vantagem de nove pontos percentuais a favor da aprovação é bem superior aos três pontos registrados no levantamento mais recente realizado pela Quaest, em março, quando 50% diziam aprovar o governo e 47% desaprovavam.

A pesquisa também mostrou que o cenário econômico está, aos poucos, deixando de ser, isoladamente, a maior preocupação da população brasileira, embora ainda esteja à frente nesse levantamento, tendo sido apontada por 21% dos entrevistados. Segurança e questões sociais, com 19% e 18%, respectivamente, estão próximos.

Segundo a Quaest, alguns setores ajudaram a “puxar para cima” a avaliação do trabalho de Lula. Entre aqueles que ganham até dois salários mínimos por mês, por exemplo, a aprovação saltou de 62% para 69% entre março e julho.

O instituto ainda apurou um crescimento na aprovação do petista entre os evangélicos. No levantamento deste mês, 42% dizem aprovar, enquanto 52% desaprovam. Apesar do cenário negativo, o governo pode ver os números com otimismo, já que no levantamento anterior 39% dos evangélicos diziam que aprovavam e 58% desaprovavam.

O governo também recuperou terreno na região Sudeste, segundo a Quaest. Enquanto em março havia 55% de desaprovação e 42% de aprovação; a pesquisa de julho mostrou empate nos percentuais: 48% para cada.

Lula é ouvido

Uma parcela considerável dos participantes da pesquisa (41%) disse ter tido contato com entrevistas do presidente a emissoras de rádio. Mais que isso: a maioria da população mostrou concordância com falas do presidente. São 90% que concordam que o salário mínimo deve subir acima da inflação, por exemplo.

Outro ponto em que a maioria da população parece convergir com o presidente é em relação aos juros: 87% disseram concordar que as taxas no país são muito altas, e dois terços (66%) dos ouvidos disseram estar de acordo com as críticas feitas pelo mandatário à política de juros do Banco Central.

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Última Atualização: 10/07/2024