O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o deputado Arthur Lira (PP-AL). Foto: Reprodução

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou o avanço dos atritos entre Executivo e Legislativo após a resistência de congressistas às propostas fiscais do governo e, ao mesmo tempo, elogiou a postura do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conforme informações da colunista Thais Bilenky, do UOL.

O comentário foi feito durante um jantar na casa do advogado Rodrigo de Castro, em Higienópolis, São Paulo, na sexta-feira (13). O evento foi promovido pelo grupo Prerrogativas e organizado por Castro, seu sócio Guilherme Setoguti e Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo.

“Fizemos a reunião de domingo. Depois teve o revertério no meio da semana, mas a reunião de domingo foi espetacular”, disse Haddad, referindo-se ao encontro com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), para apresentar medidas que compensariam o recuo no decreto do IOF. Entre elas, a taxação de 5% sobre LCI e LCA, hoje isentas.

Haddad se reúne com empresários em encontro promovido pelo Grupo Prerrogativas. Foto: Divulgação

No entanto, a proposta encontrou forte resistência, especialmente da federação UP, e Haddad lamentou a dificuldade de adesão no Congresso: “Não consigo estimar o índice de apoio, e é isso que estamos pedindo para os presidentes das Casas, que a gente possa se reunir e medir o pulso”.

O ministro também fez um apelo por equilíbrio entre os Poderes. “Nós não podemos deixar isso virar conflito entre Poderes, isso é muito ruim, porque resulta em crise institucional. Tem que ficar no plano dos partidos”, afirmou.

Ele ainda elogiou a conduta de Lira: “Na gestão do presidente Arthur Lira, ele disse antes da minha posse, ainda na PEC da Transição, ele falou: ‘Haddad, eu não vou misturar as nossas brigas com o governo com a questão econômica. Nós vamos resolver a questão econômica num outro ambiente’”.

Além disso, Haddad alertou para o tamanho das renúncias fiscais no país: “Aprovaram uma emenda constitucional de número 109 que determinava que o gasto tributário tinha que cair a 2% do PIB. Estamos a 6%, 7% de gasto tributário”. O ministro estima que essas isenções somem R$ 800 bilhões, além de R$ 50 bilhões no setor financeiro.

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Last Update: 16/06/2025