Após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, barrar a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à posse de Donald Trump como presidente dos EUA, a esposa dele, Michelle, deve ser enviada para “representá-lo”.
“A boa noticia é que no sábado de manhã no Aeroporto de Brasília tem voo, e minha esposa irá para lá. Está convidada. Ela vai fazer sua parte”, disse em entrevista ao canal Faroeste à Brasileira.
“Essa questão do passaporte ainda está em jogo. Tenho equipe de advogados que pediram para não entrar particularidades [do caso], porque cabe recurso ainda”, afirmou. O ex-presidente buscava a devolução de seu passaporte, retido pela Justiça.
A Polícia Federal apreendeu o passaporte de Bolsonaro por ordem de Moraes em 8 de fevereiro do ano passado na Operação Tempus Veritatis, deflagrada para apurar a trama golpista que tentou impedir a posse de Lula (PT) em 2022.
Em novembro, a corporação indiciou o ex-capitão por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
A decisão de Moraes de manter o passaporte apreendido acolheu a recomendação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Para o Ministério Público Federal, a viagem “pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível”.