
Virginia Giuffre, uma das principais vozes contra o esquema de abuso e tráfico sexual comandado por Jeffrey Epstein e sua cúmplice Ghislaine Maxwell, morreu aos 41 anos na Austrália. Segundo comunicado divulgado por sua família neste sábado (26), Virginia teria tirado a própria vida em sua fazenda, localizada na região ocidental do país. A ativista, que lutou anos pela defesa de vítimas de exploração sexual, deixa três filhos.
A notícia de sua morte, atribuída a suicídio, rapidamente reacendeu suspeitas nas redes sociais. Usuários resgataram um tuíte publicado pela própria Virginia em 2019, no qual ela alertava que, “em nenhuma circunstância”, tiraria a própria vida, destacando que “muitas pessoas malvadas” queriam silenciá-la. O registro voltou a circular amplamente após a confirmação de sua morte, provocando questionamentos sobre as circunstâncias do falecimento.
“Estou tornando público que, nenhuma forma alguma, sou suicida. Deixei isso claro para meu terapeuta e para meu médico. Se algo acontecer comigo – pelo bem da minha família – não deixem isso ser esquecido e me ajudem a protegê-los. Muitas pessoas más querem me silenciar.”, disse ela, em dezembro de 2019 no seu perfil no X (antigo Twitter).

Virginia ficou conhecida mundialmente ao acusar Epstein, Maxwell e o príncipe Andrew de abuso sexual, afirmando que foi traficada para o membro da família real britânica quando tinha apenas 17 anos. Embora o príncipe tenha negado as acusações, o caso terminou em um acordo extrajudicial em 2022, resultando no afastamento de Andrew das funções públicas e a perda de seus títulos militares.
A ativista havia sofrido um acidente de carro grave na Austrália, em março deste ano, quando seu veículo colidiu com um ônibus escolar. Após o acidente, ela relatou ter sido diagnosticada com insuficiência renal e disse publicamente que seus dias estavam contados. Ainda assim, a confirmação de sua morte, pouco tempo depois, levanta dúvidas entre apoiadores e defensores dos direitos humanos.
Virginia foi um dos rostos mais ativos na denúncia da rede de abusos mantida por Epstein e seus aliados, que envolvia milionários, celebridades e figuras políticas influentes. Antes mesmo da tragédia, seu trabalho era reconhecido como fundamental para expor um dos maiores escândalos de tráfico sexual do século.
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