O líder conservador Friedrich Merz foi eleito chanceler pelo Parlamento da Alemanha em um segundo turno, após um fracasso em obter maioria simples na primeira etapa da disputa. Ele vai ocupar o cargo que, na prática, é similar ao de primeiro-ministro.
A CDU (União Democrata Cristã), sigla liderada por Merz, venceu as eleições gerais da Alemanha, realizadas em fevereiro de forma antecipada após crise no governo de Olaf Scholz, agora ex-chanceler. Apesar da vitória, a legenda não conseguiu conquistar votos suficientes para formar maioria no Parlamento alemão inicialmente.
Em regimes do tipo, o chefe de governo é eleito pelo Legislativo, que indica o líder a partir de uma coalizão com maioria de votos. Ele contava com apoio de 328 parlamentares, mas só teve 310 votos, 6 a menos do que o necessário.
Merz vinha costurando alianças desde as eleições gerais, mas recusou uma parceria com a AfD (Alternativa para a Alemanha), sigla de extrema-direita que teve desempenho recorde no último pleito. Seu partido anunciou, nesta segunda (5), uma coalizão com o SPD (Partido Social-Democrata).
O cenário parecia claro para a eleição de Merz, mas os 18 deputados social-democratas que se rebelaram contra a indicação fizeram a CDU pedir uma segunda votação, que aprovou, enfim, a nomeação do novo chanceler da Alemanha.
O fracasso na votação marca a primeira vez na história da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial em que um candidato não consegue ser eleito. Na segunda disputa, ele obteve maioria absoluta, com 325 votos do total de 630 deputados.
Dos demais deputados, 297 votaram contra a indicação de Merz, três se abstiveram e uma cédula de votação foi declarada inválida. A expectativa é que o novo chanceler da Alemanha tome posse ainda nesta terça.
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