Após derrota no Congresso, Lula reage: “País justo começa pela tributação”

Presidente Lula lançamento do Plano Safra. Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (30), que a construção de um Brasil mais justo começa pela tributação. A declaração foi feita durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, evento realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.

Lula destacou que a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, além de iniciativas para reduzir o custo do gás, são medidas centrais para garantir a justiça social no país. Em seu discurso, o presidente reafirmou que a justiça fiscal é essencial para garantir a igualdade no país.

Ele ressaltou a importância de políticas que beneficiem a população de baixa renda, como a isenção de impostos para quem ganha até R$ 5 mil mensais, e se comprometeu a continuar trabalhando para garantir que itens essenciais, como o gás de cozinha, se tornem mais acessíveis para as famílias.

Segundo ele, a justiça tributária é um passo fundamental para que o Brasil se torne um país mais justo. Durante o evento, o presidente também mencionou que o Plano Safra 2025/2026 tem como objetivo fortalecer a produção dos pequenos agricultores, melhorando sua qualidade de vida.

O plano prevê um total de R$ 89 bilhões para a agricultura familiar, com R$ 78,2 bilhões destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), representando um aumento significativo em relação ao ciclo anterior. A ampliação do crédito para a compra de máquinas de pequeno porte, com taxas de juros reduzidas, também foi uma das principais medidas destacadas por Lula.

Apesar dos avanços, o presidente reconheceu que o plano “está longe de ser perfeito”, e prometeu melhorias nos próximos anos. Ele também aproveitou para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando que o governo dele não havia reajustado a tabela do Imposto de Renda, o que acabou onerando os trabalhadores.

Lula reiterou que o objetivo é beneficiar mais de 10 milhões de brasileiros com a isenção de impostos, caso a proposta seja aprovada. No entanto, o evento ocorreu em meio a tensões políticas, com o governo enfrentando resistência no Congresso, especialmente em relação à judicialização da proposta de isenção do Imposto de Renda.

Ele  também criticou a postura do Congresso em relação à recente derrubada de decretos que aumentavam a taxação, destacando a resistência interna às propostas do governo.

Em resposta, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmou que a judicialização seria uma decisão do presidente e que isso não deveria afetar a agenda econômica do governo, que continua focada em propostas dentro das expectativas já delineadas.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), anunciou que se reunirá com os presidentes da Câmara e do Senado para tratar da tramitação do projeto do Imposto de Renda, buscando um acordo para avançar nas discussões sobre a proposta.

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