Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, negou nesta sexta-feira (23) ter ligações com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). O influenciador disse que a facção criminosa está infiltrada “em quase tudo”.
“Você sabe por que o crime é organizado? Porque a prefeitura, o governo do estado e a federação governada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma bagunça”, disse Marçal durante sabatina na Record TV.
Uma investigação da Polícia Civil de Mogi das Cruzes (SP) aponta ligações entre articuladores do PRTB e integrantes do PCC. A apuração foca em figuras próximas a Leonardo Avalanche, presidente do partido de Marçal.
Segundo o influenciador, “o partido é o que mais atrapalha” em relação às acusações que associam Avalanche à facção criminosa paulista.
“Todos do meu partido que tiverem qualquer envolvimento com quem quer que seja, que paguem”, declarou.
Sobre os recentes conflitos com a família Bolsonaro, Marçal disse que sua indisposição é com o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). “Ele realmente atrapalhou a eleição dele e continua atrapalhando o movimento das pessoas liberais e conservadores do país”, afirmou.
Para o empresário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “errou muito em querer apoiar um comunista”, em referência ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), que é de direita.
Marçal ainda disse que Bolsonaro não tem monopólio sobre a direita. “Um beijo para o Bolsonaro. Ele tá apoiando o Nunes. Ele não pode tirar a palavra dele, mas a direita não tem dono, a liberdade não tem dono”.
As alegações do ex-coach ocorrem após a divulgação de um vídeo da campanha da candidata Tabata Amaral que expôs as ligações do entorno do candidato com a facção criminosa.
🇧🇷 Após pesquisa do Datafolha, Tabata Amaral aumenta o tom contra Pablo Marçal e divulga peça publicitária relacionando o entorno do candidato do PRTB ao PCC.pic.twitter.com/9ktLVuljoX
— Eixo Político (@eixopolitico) August 23, 2024