
Um dia após ser anunciado como o nome escolhido por Jair Bolsonaro para disputar a Presidência da República em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste sábado (6), que inicia as articulações políticas para consolidar sua pré-candidatura. Em mensagem nas redes sociais, ele indicou que a primeira demanda aos aliados será a aprovação da anistia aos investigados e condenados pelos atos golpistas.
“O primeiro gesto a ser pedido a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano”, escreveu no X.
O parlamentar ainda afirmou que os golpistas não deveriam ser responsabilizados pelos crimes cometidos contra o Estado: “Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a direita!”.
Tomada a decisão ontem, hoje começo as negociações!
O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-lula é aprovar a anistia ainda este ano!
Espero não estar sendo radical por querer anistia para inocentes. Temos só duas semanas, vamos unir a… pic.twitter.com/u05dFpSqHu
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) December 6, 2025
A confirmação do nome de Flávio ocorreu na sexta-feira (5), após o ex-presidente, preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília, comunicar a aliados.
Nas redes, Flávio disse receber a missão com “grande responsabilidade” e classificou Bolsonaro como “a maior liderança política e moral do Brasil”. O senador reafirmou que pretende continuar “o nosso projeto de nação”.
Ao anunciar sua pré-candidatura, Flávio adotou discurso duro contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mobilizou referências religiosas que dialogam com sua base.
“Eu não vou ficar de braços cruzados enquanto vejo a esperança das famílias sendo apagada e nossa democracia sucumbindo”, afirmou. Ele também declarou que acredita que Deus “abre portas, derruba muralhas e guia cada passo dessa jornada”.
A entrada oficial de Flávio Bolsonaro no cenário eleitoral reorganiza cálculos da direita. Michelle Bolsonaro deve concorrer ao Senado pelo Distrito Federal, enquanto a escolha do vice do senador deve recair sobre um nome de centro.
Do lado governista, há movimentos no PT para defender a repetição da chapa Lula-Alckmin, enquanto aliados de Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmam que o governador foi informado da decisão em encontros recentes com o próprio Flávio em São Paulo.