
Em meio às tentativas de negociação diplomática entre Rússia e Ucrânia, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, admitiu na última quinta-feira (15) que a Rússia possui vantagem militar sobre o bloco. A declaração foi feita durante reunião de chanceleres da aliança em Antália, Turquia, e destacou a capacidade bélica russa, que supera a produção de munição de todos os 32 países membros da Otan juntos.
Rutte alertou que o país governado por Vladimir Putin produz em três meses o equivalente ao que a Otan fabrica em um ano em termos de munição, apesar de ter apenas 5% do tamanho da economia do bloco. “A Rússia, em alguns cálculos, está produzindo em três meses, em termos de munição, o que toda a Otan produz em um ano. E a Rússia tem apenas 5% do tamanho da economia geral da Otan”, afirmou.
O secretário-geral defendeu não apenas o aumento dos gastos militares pelos países membros, mas também uma estratégia mais eficiente de utilização dos recursos.
“Precisamos disso, porque dissuasão e defesa não são apenas uma questão de dinheiro, mas também de ter uma base industrial de defesa confiável, capaz de nos defendermos no futuro”, acrescentou.

A preocupação com a defesa coletiva ganhou novos contornos após a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, principal financiador da Otan. O presidente dos EUA já ameaçou reduzir o envolvimento do país na aliança, criticando os membros que não cumprem a meta de gastar 2% do PIB em defesa.
Além disso, a mudança na política de apoio à Ucrânia sob o governo Trump elevou os temores entre os aliados. Em resposta, a Otan aprovou em abril um novo pacote de assistência de US$ 21 bilhões para Kiev, buscando compensar possíveis reduções no apoio estadunidense.
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