O governo federal reconheceu nesta terça-feira (18) o jornalista Vladimir Herzog como anistiado político, após quase 50 anos de sua morte.

A iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também oficializou a reparação econômica de caráter indenizatório e vitalícia para a viúva do jornalista, Clarice Herzog. 

De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, a indenização vitalícia concedida pela justiça, por meio da 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, está avaliada no valor de R$ 34.577,89 mensais.

Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura quando foi convocado pelo Exército para prestar depoimento sobre as ligações com o PCB, partido contrário ao regime militar, em 1975. Um dia depois, Herzog foi por vontade própria até a sede do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi/SP), na Vila Mariana, em São Paulo. Lá, o jornalista foi torturado e brutalmente assassinado, mas como era uma pessoa pública e conhecida, os militares forjaram um falsa cena de suicídio. 

Em sua missa de sétimo dia, realizada na Catedral da Sé, mais de 8 mil pessoas estiveram no local, a situação foi marcada como um dia histórico para a luta contra a ditadura militar e pela volta da democracia.

Após 34 anos de seu falecimento, familiares e amigos criaram o Instituto Vladimir Herzog, para celebrar a vida do jornalista, dramaturgo e professor. Além de levantar as mesmas bandeiras e ideologias que o jornalista tinha: a defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão.

*Com informações da Agência Brasil.

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Last Update: 19/03/2025