Servidores do Ibama fizeram chegar a integrantes do Ministério da Gestão e Inovação que aceitam a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo na semana passada. Ainda assim, pediram que a pasta crie grupos de trabalhos para acompanhar demandas da categoria, como aconteceu na negociação com profissionais da Educação.

A informação foi antecipada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, e confirmada à CartaCapital por envolvidos nas negociações. Entre outros pontos, o reajuste proposto pelo governo prevê alongamento na carreira para 20 níveis e um aumento de 23% acumulado em 2025 e 2026.

Fontes afirmaram à reportagem que a assinatura do acordo deve acontecer ainda nesta segunda-feira.

Cerca de 19 assembleias estaduais aceitaram a proposta, desde que o MGI se comprometa a dialogar sobre compensação às horas da greve deflagrada em junho e criar um GT para discutir adicional de fronteira. Servidores do Acre, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Alagoas e Amazonas rejeitaram o acordo.

A próxima sexta-feira é a data-limite estabelecida pela pasta chefiada por Esther Dweck para concluir as negociações com a categoria. Caso as conversas não avançassem, o governo enviaria o Orçamento 2025 para o Congresso sem previsão de reajuste salarial e reestruturação da carreira.

Os funcionários do Ibama têm reivindicado melhores condições de trabalho desde o início do ano. Em janeiro, paralisaram parcialmente as atividades no órgão, exceto em casos emergenciais ou de risco de vida. Depois, deflagraram um movimento grevista que foi revertido por decisão do Superior Tribunal de Justiça.

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Última Atualização: 12/08/2024