Durante o ato em solidariedade ao Irã realizado nesse sábado (28), na Academia Paulista de Letras, o representante do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Pedro Burlamaqui, destacou a importância do apoio iraniano à causa palestina e denunciou o papel criminoso da imprensa e das potências imperialistas. Logo no início, transmitiu as saudações do presidente do Ibraspal, Dr. Ahmed Shehada, que não pôde estar presente, mas enviou uma mensagem de apoio aos presentes.
Burlamaqui iniciou sua fala lembrando que, assim como ocorreu após o 7 de outubro de 2023, a grande imprensa promoveu uma enxurrada de mentiras contra o Irã no momento em que se iniciou a operação de retaliação iraniana contra a entidade sionista. “Assim que a operação iraniana começou, a imprensa iniciou a clássica enxurrada de mentiras contra o povo iraniano e contra o exército do Irã”.
Ele denunciou a hipocrisia dos que questionam o apoio iraniano à Palestina, mas ignoram o apoio militar direto dos Estados Unidos e da Europa a “Israel”.
“O que a gente deveria, na verdade, perguntar é: o que os Estados Unidos têm a ver com ‘Israel’? O que a Europa tem a ver com ‘Israel’?”, provocou.
O dirigente lembrou que o apoio do Irã à luta palestina é histórico, tendo suas raízes na Revolução Islâmica de 1979. “Desde aquele momento, o Irã passou a apoiar a luta do povo palestino e da resistência palestina. A embaixada de ‘Israel’ foi retirada do país para dar lugar à embaixada da Palestina”, recordou. “Durante as intifadas, durante todos os movimentos revolucionários do povo palestino, o Irã esteve lá, ajudando a resistência, enviando armas, enviando aquilo que fosse necessário para garantir a libertação do povo palestino”.
Leia na íntegra o discurso de Pedro Burlamaqui
Antes de mais nada, eu queria transmitir aqui as saudações do presidente do Ibraspal, o Dr. Ahmed Shehada, que não pôde estar presente hoje, mas fez questão de mandar uma saudação para todo mundo aqui nesta manifestação.
Bom, assim como foi em 7 de outubro, assim que a operação iraniana começou, a imprensa iniciou a clássica enxurrada de mentiras contra o povo iraniano e contra o exército do Irã. Surge, portanto, o questionamento: o que o Irã tem a ver com a Palestina? Mas, diante disso, o que a gente deveria, na verdade, perguntar é: o que os Estados Unidos têm a ver com “Israel”? O que a Europa tem a ver com “Israel”? Porque o principal motivo pelo qual atacam o Irã é, em grande medida, o seu apoio ao povo palestino e à luta do povo palestino, mas, especificamente, o apoio à resistência palestina. E esse não é um apoio de agora, não é um apoio que começou com 7 de outubro de 2023, não é um apoio que começou nem neste século. É um apoio que vem desde a Revolução Iraniana, desde 1979. Desde aquele momento, o Irã passou a apoiar a luta do povo palestino e a luta da resistência palestina. A embaixada de Israel foi retirada do país para dar lugar, justamente, à embaixada da Palestina. Durante as intifadas, durante todos os movimentos revolucionários do povo palestino e da resistência palestina, o Irã esteve lá, esteve lá ajudando a resistência, enviando armas, enviando aquilo que fosse necessário para garantir a libertação do povo palestino.
Então, nesse sentido, apoiar o Irã é apoiar a Palestina e é apoiar a libertação de todo o Oriente Médio, de todo o mundo, contra o imperialismo. Nesse sentido, enquanto os Estados Unidos, enquanto a Europa, enquanto os países ricos estão apoiando o genocídio, estão enviando armas para matar cada vez mais palestinos, para fazer o que a gente está vendo na Faixa de Gaza, o Irã está ajudando o povo palestino a se libertar e a pôr um fim nisso, a pôr um fim à ocupação sionista, a pôr um fim a toda a opressão no Oriente Médio imposta pelo imperialismo. Portanto, este ato tem uma importância extrema justamente neste sentido. A gente precisa defender o Irã, a gente precisa saudar o Irã diante dessa vitória gigantesca contra o Estado sionista, contra Israel, porque é um passo essencial para a libertação da Palestina. Neste sentido, não é possível falar da luta da Palestina sem falar da luta do povo iraniano, da mesma forma que não é possível falar em República Islâmica do Irã sem falar na luta do povo palestino. Obrigado.