Perto de ser oficializada como candidata democrata à Presidência dos EUA, Kamala Harris já enfrenta ataques da campanha republicana, que vão além de suas ideias e histórico no Senado e como vice-presidente. Com informações do Globo.
O ex-presidente Donald Trump e seus aliados têm multiplicado comentários com tons de misoginia e racismo, repetindo a estratégia usada contra Hillary Clinton em 2016.
Em um comício no último sábado, um dia antes da desistência de Biden, Trump a chamou de “Kamala risível”. “Vocês já a viram rindo? Ela é louca, você consegue dizer muita coisa em uma risada. Ela é louca, ela é desequilibrada”, disse.
A risada de Kamala Harris já foi alvo dos republicanos anteriormente. Em 2021, o ex-deputado Jason Chaffetz afirmou que suas gargalhadas deixavam as outras pessoas embaraçadas. No entanto, nesta campanha, os comentários sobre suas risadas são considerados leves em comparação com outras críticas.
Além de ser mulher, a origem de Harris — filha de mãe indiana e pai jamaicano — tem sido usada em argumentos racistas e teorias da conspiração.
Paul Ingrassia, jornalista próximo a Trump, afirmou no X que Kamala não poderia ser eleita presidente devido à 12ª Emenda da Constituição, baseando-se em um artigo de John Eastman publicado na Newsweek em 2020.
“De acordo com o acadêmico constitucional John Eastman, do Instituto Claremont (uma opinião com a qual concordo, ao lado de vários profissionais legais), Kamala Harris não pode ser eleita presidente, de acordo com a 12ª Emenda [da Constituição]. Então Kamala deve se afastar e dar lugar a outro candidato que seja um cidadão nato”, disse. A revista posteriormente adicionou uma nota explicativa, apontando a incorreção da tese de Eastman.
Republicanos também alegam que a escolha de Harris foi uma tentativa do Partido Democrata de mostrar “diversidade”. O deputado republicano Glenn Grothman disse que muitos democratas sentem a necessidade de apoiá-la por causa de sua origem étnica.
“Aparentemente, eles sentem, ou muitos democratas sentem, que têm de ficar ao lado dela por causa da sua origem étnica”, disse Grothman, em entrevista à rede CBS na última segunda-feira (22).
No entanto, outros republicanos foram mais agressivos, usando o termo corporativo DEI (Diversidade, Equidade, Inclusão) de forma racista para se referir a Kamala.
Sebastian Gorka, que trabalhou na Casa Branca durante a gestão de Trump e já foi acusado de ser simpatizante de ideias nazistas, disse durante um debate: “Ela é uma contratação DEI, certo? É mulher. É de cor. Então ela deve ser boa”.
Vale destacar que os ataques misóginos e racistas seguem o padrão da eleição de 2016, quando Trump enfrentou Hillary Clinton e frequentemente usou ofensas em discursos e debates, afirmando que se ela fosse um homem, não receberia nem 5% dos votos.
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