A agricultora Suzanne Shirbroun, de Iowa, sempre soube lidar com desafios, mas as tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente Donald Trump trouxeram novos riscos para seu negócio de soja e milho. As taxas sobre produtos chineses aumentaram os custos de insumos como herbicidas, enquanto tarifas sobre aço e alumínio elevaram os preços de tratores e equipamentos agrícolas. Da Folha de S. Paulo.
Trump, que tem forte apoio em estados agrícolas, argumenta que as tarifas incentivam a indústria americana e retaliam parceiros comerciais “injustos”. No entanto, produtores como os Shirbrouns temem os efeitos de uma guerra comercial global, que pode restringir mercados internacionais essenciais para suas colheitas.
A China, principal compradora da soja americana, já retaliou no passado com restrições às importações dos EUA, beneficiando concorrentes como o Brasil. Além disso, os agricultores enfrentam aumento nos custos de produção e altas taxas de juros para financiamento, reduzindo suas margens de lucro.
Diante das incertezas, muitos produtores estão adiando investimentos em novos equipamentos. A queda nas vendas de máquinas agrícolas reflete essa cautela, com empresas como a John Deere relatando lucros menores.
Apesar das dificuldades, os Shirbrouns ainda apoiam Trump, principalmente devido ao acordo comercial parcial assinado com a China em 2020. No entanto, há ceticismo sobre a viabilidade de novas tarifas abrirem mercados para os produtos agrícolas americanos.
Com a chegada da primavera, os agricultores seguem atentos às políticas comerciais do governo, enquanto preparam suas fazendas para mais um ciclo de plantio. Para Shirbroun, a esperança e a resiliência são essenciais: “Os agricultores precisam ser positivos. Você tem que ser.”
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