Com medo da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, seus aliados criaram uma narrativa no exterior de que o Brasil estaria vivendo uma “ditadura” e que a extrema-direita estaria sendo perseguida. A aposta é que a volta de Donald Trump ao poder ajude a colocar pressão no Judiciário brasileiro e evite um desfecho negativo a bolsonaristas.
Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, os aliados de Bolsonaro têm espalhado desinformação e sinalizado que vão desafiar a Justiça. Eles têm promovido encontros com movimentos políticos no exterior e disseminado documentos que comparam o governo brasileiro aos da Venezuela e da Nicarágua.
Uma das narrativas disseminadas pela extrema-direita, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é que as eleições no Brasil e na Venezuela possuem “suspeita de fraude”. Nos Estados Unidos, eles ainda tentam emplacar a ideia de que a “ditadura” no Brasil pode afetar os interesses americanos no país.
Eduardo também foi às redes criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) após o indiciamento do pai no inquérito sobre o golpe e escreveu: “Nos resta o Congresso dos EUA – e agora o Executivo americano”. A aposta é que Trump e seus aliados sejam convencidos pela narrativa.
Outra fake news que tem ganhado força entre os bolsonaristas é da existência de uma perseguição a religiosos no Brasil. Um dos exemplos usados por eles é o indiciamento do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, sacerdote da Diocese de Osasco (SP), alvo da PF por participação na trama golpista.
Diplomatas brasileiros têm acompanhado a articulação dos bolsonaristas no exterior e avaliam que eles vão tentar pressionar a Casa Branca a adotar medidas contra o país.
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