O Brasil segue imerso no universo dos aplicativos, com um cenário de consumo digital cada vez mais acelerado. Em abril de 2025, a Appreach divulgou o ranking dos 15 apps mais baixados no primeiro trimestre do ano. O levantamento escancara a força do mobile como espaço central de disputa por atenção e engajamento.

Com mais de 20 milhões de instalações, o TikTok permanece no topo da lista. No entanto, a grande surpresa foi o avanço do Temu, marketplace chinês que conquistou os consumidores brasileiros com preços agressivos e estratégias afiadas de marketing digital.

A plataforma alcançou 19,8 milhões de downloads, superando nomes tradicionais do varejo e redes sociais como Mercado Livre (12,1 milhões) e Instagram (11,9 milhões).

Confira os 15 apps mais baixados no Brasil

  • TikTok – 20,1 milhões

  • Temu – 19,8 milhões

  • Mercado Livre – 12,1 milhões

  • Instagram – 11,9 milhões

  • Gov.br – 11,3 milhões

  • Nubank – 8,9 milhões

  • WhatsApp – 8,6 milhões

  • Shopee – 7,9 milhões

  • Carteira de Trabalho Digital – 7,1 milhões

  • Roblox – 6,9 milhões

  • CapCut – 6,5 milhões

  • Threads – 6,3 milhões

  • Shein – 5,8 milhões

  • Meu SUS Digital – 5,5 milhões

  • Facebook – 5,2 milhões

ASO se torna peça-chave na nova publicidade digital

Mais do que números de instalação, o ranking reflete uma transformação na lógica da publicidade digital. Segundo Felippe Moura, Country Manager da Appreach, a atenção do consumidor está cada vez mais concentrada nas páginas de aplicativos.

Nesse contexto, o ASO (App Store Optimization) ganha protagonismo. Trata-se da otimização das páginas dos apps nas lojas (App Store e Google Play) para aumentar visibilidade, conversão e downloads orgânicos qualificados.

“O app não é mais apenas um canal. Ele se tornou o território definitivo da disputa por atenção. Só vence quem sabe contar sua história com clareza, propósito e inteligência de dados”, afirma Moura.

Storytelling, personalização e dados no centro da estratégia

Moura defende que a publicidade atual precisa abandonar formatos tradicionais de interrupção e apostar em conteúdo integrado. A personalização em escala, aliada ao uso estratégico de dados, é o que define as campanhas bem-sucedidas no mobile.

Segundo ele, apps como TikTok, Temu, Instagram e até soluções públicas como o Gov.br são hoje palcos de engajamento e influência. “Quem entende essa lógica, não só sobrevive — lidera. O futuro pertence a quem se adapta com coragem”, destaca.

Apps públicos e financeiros também crescem

Outro dado importante é o desempenho de aplicativos institucionais e de serviços financeiros. Gov.br, Carteira de Trabalho Digital, Meu SUS Digital e Nubank estão entre os mais baixados, indicando uma mudança nos hábitos da população.

Hoje, grande parte das interações com o governo e bancos é feita diretamente pelo celular. Essa migração representa uma nova fronteira para publicidade institucional, branded content e serviços de utilidade pública.

Mobile se consolida como novo centro da atenção

Para Moura, os aplicativos se tornaram a nova vitrine da atenção do brasileiro. Ignorar esse comportamento significa perder espaço na conversa com o público.

“As marcas que souberem interpretar esses dados, agir com inteligência e se conectar ao mobile terão mais do que resultados. Terão relevância”, conclui.

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Last Update: 19/04/2025