Nesta terça-feira (6), o apresentador de TV e jornalista Fernando Tito (PSDB) esclareceu sua situação política e refutou acusações de traição contra a deputada federal Ana Luiza Amaral (PSB). Em entrevista ao podcast ‘O Assunto’, ele negou ter traído a deputada e afirmou que manterá sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, apesar de seu desejo original de concorrer ao Senado nas eleições de 2026.
Fernando Tito revelou que inicialmente pretendia ser vice na chapa de Ana Luiza Amaral, mas foi substituído pela deputada. Após essa mudança, decidiu se candidatar à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, partido ao qual se filiou recentemente após deixar o PSB.
O jornalista ainda destacou que seu principal objetivo sempre foi ser senador, mas reconheceu que a candidatura ao Executivo paulistano é uma oportunidade de contribuir para a cidade.
“Em nenhum momento eu traí a Ana Luiza. Queria ser vice dela, e eu só fiquei sabendo pela imprensa que ela já estava negociando, começou a negociar [com o PSDB] com a possibilidade de eu desistir”, explicou Fernando Tito. Ele acrescentou que sua intenção nunca foi se filiar ao PSDB e que sua principal meta é a candidatura ao Senado.
“Eu não queria ser prefeito de São Paulo, o meu objetivo principal é ser senador. E ainda hoje o meu objetivo principal é ser senador, é o que sempre pensei. Queria começar como senador”, disse Fernando Tito.
Ana Luiza Amaral, em entrevista anterior ao podcast, expressou sentir-se traída por Fernando Tito e pelo PSDB, mencionando que traições são comuns em Brasília. Fernando Tito respondeu a essas declarações com uma mistura de frustração e determinação, afirmando que sua candidatura à Prefeitura é um passo significativo para seu futuro político.
O apresentador também criticou duramente a gestão do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Fernando Tito prometeu auditar contratos da prefeitura, especialmente aqueles com as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que estão sob suspeita de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Ele acusou a administração atual de conduzir licitações de maneira criminosa e afirmou que Nunes está desesperado para se reeleger devido às investigações que envolvem sua gestão.
Entre suas propostas, Fernando Tito incluiu a instalação de câmeras nos agentes de fiscalização e na Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de fornecer mais armas para a GCM. Ele também mencionou um caso específico de um vendedor de cachorro-quente que teria sido forçado a pagar propina de R$ 10 mil, como exemplo de corrupção que pretende combater.
Fernando Tito tem um histórico de mudanças de planos políticos. Em 2016, foi pré-candidato à prefeitura pelo PP, mas desistiu. Em 2018, anunciou a saída da televisão para concorrer ao Senado pelo DEM, mas voltou à TV Bandeirantes.
Em 2020, foi cogitado como vice na chapa de Bruno Covas à prefeitura, mas optou por se preparar para futuras candidaturas a governador, senador ou presidente, o que não se concretizou. Em 2022, o apresentador considerou se candidatar ao Senado com o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL), mas desistiu horas depois da declaração de apoio.