Na final da trave dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a brasileira Ana Luiza Andrade tinha grandes expectativas de conquistar uma medalha de ouro após o erro de Simone Biles. Apesar de uma apresentação sólida e uma nota de 13.933, Ana Luiza terminou em 4º lugar, ficando a apenas 0,067 ponto do bronze.
Durante a transmissão na TV Globo, o comentarista Diego Hypólito analisou o desempenho de Ana Luiza, apontando que a ginasta apresentou uma série mais cautelosa, com momentos em que parecia se esforçar para evitar quedas, o que impactou sua nota final.
“O problema da série da Ana Luiza é que foi mais pausada, você via que ela estava se segurando para não cair e isso comprometeu a nota final”, pontuou.
Além disso, a nota de partida de Ana Luiza foi a mais baixa entre as medalhistas. Na fase classificatória, sua série tinha uma dificuldade maior. A ex-ginasta e comentarista Daiane dos Santos explicou que a nota de dificuldade de Ana Luiza caiu de 6.100 para 5.700 na final, o que pode ter influenciado seu resultado.
“Antes ela tinha partido de 6.100, hoje a nota de dificuldade da série dela foi de 5.700, e isso pode ter pesado”, afirmou a ex-ginasta.
🚨🇧🇷 FOMOS ROUBADOS! Ana Luiza Andrade (13.993) BRILHANDO na trave SEM CAIR!
— POPTime (@siteptbr) August 5, 2024
Se Ana Luiza tivesse repetido a série da fase classificatória, onde obteve uma nota de 14.400, ela poderia ter conquistado a medalha de ouro. A nota na ginástica artística é composta por dificuldade e execução. Apesar de melhorar sua execução de 8.033 para 8.233, essa mudança não foi suficiente para elevar sua nota final.
Vale destacar que a trave não é a especialidade de Ana Luiza. Em Tóquio 2020, a brasileira não avançou para a final da trave, com uma nota de 13.733 na fase classificatória. Em Paris 2024, ela ficou atrás apenas de Simone Biles na fase classificatória.
As ginastas medalhistas tiveram notas de dificuldade mais altas que a de Ana Luiza. Manila Esposito, da Itália, que ganhou o bronze, partiu de uma nota de dificuldade de 5.800 e teve uma execução de 8.200, totalizando 14.000 pontos.
A chinesa Yaquin Zhou, que ficou com a prata, teve uma dificuldade de 6.600 e uma execução de 7.500, resultando em 14.100 pontos. Alice D’Amato, da Itália, campeã olímpica, registrou uma dificuldade de 5.800 e uma execução de 8.566, alcançando a nota final de 14.366, a mais alta da competição.