Apesar da isenção do IR, Lula diz que há muita concentração de renda no país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (8), durante a 14ª Conferência Nacional de Assistência Social (CNAS), que é preciso de mais política públicas para combater as desigualdades socais no país.

Desse modo, é fundamental o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que completou 20 anos, e a redução da concentração de renda.

“Os ricos ainda são muito ricos, mesmo a gente aprovando agora o não pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. É preciso fazer mais porque ainda há muita concentração de renda nesse país”, disse.

Para ele, o atual governo está apenas começando a fazer a transformação que o país precisa. “Vai custar, mas nós vamos fazer. Vai dar trabalho, mas nós vamos fazer. Vai ter muita reunião com deputado e senador, mas nós vamos fazer”, afirma.

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Lula recorda que os ministérios da área social, que sofreram o desmonte na gestão anterior, foram reconstruídos em 2023.

“Vocês sabem que, para cuidar do povo pobre nesse país é sempre uma luta sem trégua. Vocês sabem que, quando criamos o Bolsa Família, o tíquete era só R$ 50. E a gente teve que aguentar gente dizendo que o Lula ia criar um bando de vagabundo”, afirma o presidente sob aplausos de mais três mil pessoas.

O presidente lembra que foram anos de luta para construção do SUAS. “Eu estou ligado à assistência social desde 1979, no primeiro Congresso de Assistente Social, em São Paulo. Chegamos onde chegamos mesmo que em 2018 eles tenham tentado destruir o SUAS”, recorda.

“Eu vou dizer: as pessoas querem trabalhar quando você pagar um salário decente e melhore a jornada de trabalho, ninguém gosta de viver de favor. Ninguém gosta de viver a vida inteira de políticas públicas. A coisa que dá mais orgulho para o ser humano é ter uma profissão e no final do mês levar para o sustento da sua família o resultado do seu trabalho”, afirma.

Mapa da Fome

“O SUAS foi fundamental para tirar o Brasil do Mapa da Fome e para alcançar os menores índices de extrema pobreza e desigualdade social da nossa história. Ainda temos desafios, mas o país está avançando graças ao trabalho diário do SUAS”, disse o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

Segundo ele, foi com o retorno do presidente Lula, em seu terceiro mandato, que o Brasil saiu mais uma vez do Mapa da Fome.

“Queremos retirar a fome do mapa do Brasil. O trabalho do SUAS, junto com o Ministério da Saúde, conseguiu salvar 700 mil crianças da morte. Investir no SUAS é investimento na veia”, disse.

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