
O jornalista americano Glenn Greenwald participa de uma sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal nesta quarta (30) para falar sobre uma série de ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Folha de S.Paulo. Os textos citam áudios vazados atribuídos a auxiliares do magistrado.
Ele acusou Moraes de usar o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro durante as eleições de 2022, como braço investigativo de seu gabinete na Corte. O jornalista disse ter acessado mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares do magistrado.
Durante a audiência, ele afirmou que Moraes tenta “criminalizar discursos e opiniões”. Ele diz ter conversando com com políticos e pessoas famosas do mundo jurídico que criticam o magistrado nos bastidores mas não falavam publicamente por “medo” de retaliações.
“Esse clima criado de propósito para todo mundo pensar duas vezes. Isso não é uma coisa que ele deveria fazer”, afirmou Greenwald. Veja:
O jornalista afirmou, nos textos, que Moraes solicitou relatórios do TSE de maneira extraoficial ao menos 20 vezes e que parte desses documentos foi utilizado para embasar decisões criminais contra bolsonaristas, como cancelamento de passaportes, bloqueio de redes sociais e intimações para depoimento à Polícia Federal.
Na audiência, Glenn diz que Moraes e seus auxiliares tentavam “esconder” esses pedidos porque sabiam que o que faziam era “errado”.
O ministro se manifestou após a publicação dos ataques e afirmou que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.
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