Os deputados federais bolsonaristas Gilvan da Federal (PL-ES) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Foto: Reprodução

O deputado federal Rodrigo Maia (MDB-BA), relator do processo contra o bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) no Conselho de Ética, defendeu a suspensão de seu mandato por três meses. Ele é alvo de representação por ofender Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais.

O colegiado analisa o caso nesta terça (6) e Maia defende que o bolsonarista seja punido por quebra de decoro parlamentar. Ele argumenta que o ataque do deputado ofende Gleisi pessoalmente e compromete a imagem da Câmara, além do ambiente de trabalho nas comissões da Casa.

Integrantes do Conselho de Ética votam a representação na tarde de hoje. Se aprovado, o caso será levado ao plenário da Câmara, onde a maioria absoluta (257 parlamentares) deve concordar com a decisão para entrar em vigor.

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O ataque que originou a representação contra Gilvan ocorreu durante reunião da Comissão de Segurança da Câmara em 29 de abril. Na ocasião, ele afirmou que Gleisi deveria ser “uma prostituta do caramba” e chamou a ministra de “amante”, citando planilhas de pagamento de propina da Odebrecht. As denúncias contra ela relacionadas ao caso foram rejeitadas e arquivadas em 2023.

A Mesa Diretora da Câmara, composta pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), os vice-presidentes e os secretários, foi responsável pela representação contra Gilvan. No documento, eles afirmam que o bolsonarista fez insinuações “abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas” e pedem sua suspensão por seis meses.

“O senhor deputado Gilvan da Federal incorreu em condutas incompatíveis com o decoro parlamentar ao proferir manifestações gravemente ofensivas e difamatórias contra deputada licenciada para ocupar cargo de ministra de Estado, em evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”, diz a denúncia.

O documento ainda lembra que, no mesmo dia, Gilvan se envolveu em uma confusão com Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara. O bolsonarista também desejou a morte do presidente Lula em uma reunião da comissão no início de abril.

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Last Update: 06/05/2025