Em atualização — Começou, na manhã deste sábado (13), a manifestação em defesa da Venezuela e dos povos oprimidos em luta contra o imperialismo. A manifestação, que acontece na Academia Paulista de Letras, está sendo convocada por dezenas de entidades, como o Partido da Causa Operária (PCO), o Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e a Frente Internacional dos Sem Teto (FIST).
12h57
Bateria Zumbi dos Palmares entra em ação e começa a gritar palavras de ordem em apoio à Venezuela.
“O povo não se entrega, fora imperialismo da Venezuela!”
Logo em seguida, os manifestantes assistiram a um vídeo em que Nicolás Maduro pede aos correligionários que adotem a luta armada caso o imperialismo ataque o país.
12h48
Breno Altman iniciou sua fala dizendo que, independentemente de quaisquer divergências com o PCO, “é digno de aplauso que essa organização tenha tomado a iniciativa de convocar um ato em solidariedade à Venezuela”. O jornalista pediu que isso servisse de exemplo para os partidos de esquerda “que seguem calados” diante da agressão imperialista.
“É uma obrigação moral e política da esquerda brasileira — dos seus partidos, dos seus sindicatos, dos seus movimentos — cerrar fileiras em solidariedade à Venezuela e a todos os demais Estados agredidos pelo sistema imperialista sob liderança dos Estados Unidos.”
O editor do Opera Mundi passou a explicar o motivo de a Venezuela ser o alvo preferencial dos Estados Unidos na região. Segundo ele, o país é a vanguarda da luta contra o imperialismo na América do Sul.
“Esta soberania é insuportável para o imperialismo norte-americano.”
Altman comparou o caso da Venezuela ao de Cuba: “o imperialismo não pode permitir que os povos latino-americanos escolham seu próprio caminho”.
O jornalista encerrou a fala dizendo que “atos como o hoje são fundamentais” e clamou por “mais unidade, mais mobilização, mais clareza de objetivo, mais firmeza na luta contra esse grande inimigo dos povos”.
12h35
Reda Sued, do Campo Progressista Árabe, iniciou sua fala dizendo que “nunca foi tão propício o momento de prestar solidariedade a todos os povos que estão em luta contra o imperialismo”, destacando que “a humanidade nunca passou por um momento tão agressivo”.
Sued mencionou ainda a “solidariedade enorme contra a agressão imperialista” vista no apoio à Palestina e lembrou que “a Venezuela lutou bravamente contra o Império e prestou solidariedade a todos os povos em luta”.
12h31
Caio, do Partido Operário Revolucionário, mencionou “a explosão que o Estados Unidos fez em relação a um barco na Venezuela com a argumentação de que estaria combatendo o terrorismo”. Caio chamou de “desculpa esfarrapada” o argumento do “terrorismo”, que considera um “argumento internacional”, como visto no caso da Palestina.
12h23
Perciliane Marrara, do Ibraspal e do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo, iniciou sua fala prestando sua solidariedade à Natália Pimenta, dirigente histórica da entidade de mulheres do PCO e que se encontra hospitalizada.
Trajando um quefié palestino, Marrara lembrou das mulheres que enfrentam as agressões imperialistas em vários países, destacando o caso da Palestina, onde quando se mata “uma mulher grávida, são dois palestinos a menos”. Também destacou o caso das mulheres cubanas, que sofrem com o “bloqueio criminoso, assassino e agressor”.
Marrara sublinhou que as mulheres prestam um papel fundamental na resistência de todos os países que lutam hoje contra o imperialismo.
12h18
Francisco, da Revolução Brasileira, afirmou que a atual crise entre a Venezuela e o governo norte-americano “é o aprofundamento das contradições do imperialismo”. Ele também criticou a política externo do governo brasileiro, que não apenas vetou a entrada da Venezuela nos BRICS, como também demonstrou apoio aos democratas Joe Biden e Kamala Harris, responsáveis pelo genocídio contra o povo palestino.
“É necessário ir além da política que o governo está tocando, é necessário romper com os interesses da burguesia nacional, que são o principal esteio de atuação do imperialismo em nosso país.”
12h12
Carlos Rogério, da CTB, começou sua fala dizendo que falar da Venezuela é “uma tarefa, ao mesmo tempo, de luta, porque nós sempre defendemos a autonomia e a independência dos povos, e, ao mesmo tempo, de solidariedade, porque, em várias ocasiões, nós fomos para a Venezuela (…) apoiando o processo da Revolução Bolivariana”.
O dirigente continuou afirmando que a CTB “tem essa característica do internacionalismo” e destacou a necessidade de defender a Palestina e a República Islâmica do Irã.
12h02
Cláudio, da FIST, iniciou sua fala criticando o imperialismo norte-americano e sua política de pilhagem contra todos os povos do mundo.
“Sabemos muitíssimo bem que eles agem dessa forma, deixando o povo na linha da miséria.”
O militante sem teto destacou que a ação do imperialismo também ocorre no Brasil, lembrando o golpe de 2016 e os governos neoliberais que se seguiram.
“Nós temos que tentar de toda forma unir a América Latina contra o imperialismo norte-americano, que quer nos manter escravos.”
Cláudio também criticou o governo brasileiro, que vetou a entrada da Venezuela no bloco dos BRICS, a mando do “bandido do [Joe] Biden”.
11h58
Patrícia Silva, consulesa venezuelana, é a primeira a falar na manifestação. Ela começou pedindo desculpas porque o cônsul-geral Jorge Medina não pôde estar presente, mas garantiu que o governo venezuelano estava presente, por ela representado. A consulesa agradeceu a manifestação em nome do povo venezuelano e do presidente Nicolás Maduro.
“Esta não é apenas uma agressão contra a Venezuela, mas contra toda a América Latina”, destacou ela.
Ela também sublinhou a necessidade de “trabalharmos juntos” contra as agressões imperialistas.
11h55
Após a composição da mesa, participantes cantaram o hino da Venezuela. Leia abaixo a letra do hino:
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
¡Abajo cadenas! ¡Abajo cadenas!
Gritaba el Señor, gritaba el Señor
Y el pobre en su choza
Libertad pidió
A este santo nombre
Tembló de pavor
El vil egoísmo
Que otra vez triunfó
A este santo nombre
A este santo nombre
Tembló de pavor
El vil egoísmo
Que otra vez triunfó
El vil egoísmo
Que otra vez triunfó
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Gritemos con brío, gritemos con brío
¡Muera la opresión! ¡Muera la opresión!
Compatriotas fieles
La fuerza es la unión
Y desde el Empíreo
El Supremo Autor
Un sublime aliento
Al pueblo infundió
Y desde el Empíreo
Y desde el Empíreo
El Supremo Autor
Un sublime aliento
Al pueblo infundió
Un sublime aliento
Al pueblo infundió
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Unida con lazos, unida con lazos
Que el cielo formó, que el cielo formó
La América toda
Existe en nación
Y si el despotismo
Levanta la voz
Seguid el ejemplo
Que Caracas dio
Y si el despotismo
Y si el despotismo
Levanta la voz
Seguid el ejemplo
Que Caracas dio
Seguid el ejemplo
Que Caracas dio
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
Gloria al bravo pueblo
Que el yugo lanzó
La ley respetando
La virtud y honor
11h52
Ato começa oficialmente. São chamados para compor a mesa Antonio Carlos Silva, da coordenação nacional dos comitês de luta, Patrícia Silva, consulesa da Venezuela, Carlos Rogério, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Breno Altman, do Opera Mundi, Perciliane Marrara, do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), Cláudio, da Frente Internacional dos Sem Teto (FIST), e Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária.
Assista à cobertura ao vivo na Causa Operária TV.