Diário Causa Operária: Qual é o perfil das eleições municipais após a catástrofe que ocorreu no estado e que afetou particularmente Porto Alegre?
Cesar Pontes: A crítica aos gestores públicos, tanto a nível municipal quanto estadual, será dominante nas eleições. As consequências do desastre ainda estão sendo remediadas, e há muita insatisfação, especialmente entre as pessoas mais afetadas e as mais pobres.
DCO: Quem tem responsabilidade sobre as perdas de vidas e materiais? A culpa é das mudanças climáticas?
Cesar Pontes: A responsabilidade é dos gestores públicos que não atenderam às necessidades da cidade em benefício das pessoas. Eles tomaram calculadamente a decisão de não cuidar da prevenção de desastres, embora tenham sido alertados dos riscos e soubessem das consequências.
DCO: Qual é a situação atual?
Cesar Pontes: A cidade ainda está se recuperando, e a situação está mais ou menos remediada, no que diz respeito ao Centro Histórico de Porto Alegre. No entanto, ainda afeta alguns pontos da capital e outras cidades que compõem a Grande Porto Alegre.
DCO: Diante de tudo isso, qual é a importância dos Conselhos Populares que é parte do programa do PCO?
Cesar Pontes: Os Conselhos seriam de grande serventia num momento como esse, pois daria à população organizada a capacidade de decidir e atuar diante da demanda da comunidade.
DCO: Quais outras propostas você destacaria?
Cesar Pontes: O essencial das propostas do PCO consiste em fazer o povo governar, dar protagonismo à população, com os serviços públicos nas mãos do Estado, e o controle feito pelos trabalhadores e o povo organizado.
DCO: Qual é a característica da candidatura do PCO na cidade, nessas eleições?
Cesar Pontes: Nossa candidatura é apresentar uma alternativa diante de um modelo totalmente esgotado, um modelo da democracia liberal representativa, que de representativa não tem mais nada. Nossa proposta é dar protagonismo à população e fazer com que a população tome o controle da cidade.
Causa Operária: Por favor, se apresente contando um pouco da sua trajetória e a característica da candidatura do PCO na cidade, nessas eleições.
DCO: Nasci em Porto Alegre, sou formado em História, fui professor durante muitos anos e estou aposentado. Comecei a me interessar mais por política a partir de 2013, na luta contra o golpe de Estado. Tenho como candidato a vice-prefeito Ulisses Lima, que é aquaviário e atua em emergência ambiental.
DCO: Uma coisa fundamental da nossa candidatura para a cidade de Porto Alegre é apresentar uma alternativa diante de um modelo totalmente esgotado, um modelo da democracia liberal representativa, que de representativa não tem mais nada. Além do mais, o nosso partido pretende subverter o que vem acontecendo, a nossa proposta é dar protagonismo à população e fazer com que a população tome o controle da cidade.
DCO: Nossa proposta é dar protagonismo à população e fazer com que a população tome o controle da cidade, tenha o poder de decidir com relação às demandas públicas que precisam ser realizadas a fim de manter a cidade de uma forma sustentável, sem as desigualdades profundas que apresentam na atualidade.