O prefeito de Farroupilha (RS), Fabiano Feltrin (PL), sugeriu enviar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes à decapitação.
A declaração ocorreu durante agenda com uma comitiva de deputados do PL na cidade, nesta quinta-feira 25, da qual também participou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No ato, um dos integrantes fez referência a uma estátua que considerava ter alguma semelhança com Moraes.
“A única coisa que eu não gostei foi uma estátua em homenagem ao Alexandre de Moraes”, disse um interlocutor, ao que Feltrin respondeu: “Aqui não tem isso. A homenagem pra ele eu vou mostrar qual é que é. É só botar ele aqui na decapitação, ó. Tá aqui a homenagem pra ele”.
Naquele momento, o prefeito manejava a réplica de um equipamento similar a uma decapitação, um dos itens temáticos encontrados no Stone Hall, um parque por onde caminhavam os deputados.
Após tomar conhecimento do caso, o deputado estadual Leonel Radde (PT-RS) afirmou ter notificado o Ministério Público Federal.
Diante da repercussão, Feltrin se manifestou por meio de nota, alegando ter feito uma “brincadeira” com Moraes.
“Embora eu seja de fato um crítico de sua atuação como magistrado, é inadequada qualquer alusão a atos de violência”, diz o comunicado. “Alusão semelhante já foi usada em outro momento pelo próprio ministro, mas isso não exime o equívoco ao qual reitero meu pedido de desculpas.”
Em maio, Feltrin esteve ligado a uma polêmica com o então ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, em meio às enchentes no Rio Grande do Sul.
Pimenta telefonou ao prefeito para verificar as necessidades do município e destinar recursos emergenciais, mas Feltrin gravou a ligação e editou trechos da conversa para publicar nas redes sociais, como se fosse ele a cobrar o ministro e criticá-lo por supostamente agir com descaso. Após o episódio, o governo gaúcho retirou Farroupilha da lista de cidades em estado de calamidade.