A bancada do PDT no Senado, com apenas três integrantes, anunciou nesta terça-feira 6 que permanecerá na base do governo Lula (PT). O movimento acontece no mesmo dia em que a representação do partido na Câmara decidiu deixar o governo.
O anúncio partiu do líder pedetista na Casa Alta, Weverton Rocha (MA). Além dele, a legenda conta com Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF).
Segundo Weverton, a decisão resulta da “afinidade” com o governo em projetos de desenvolvimento para o Brasil e na maioria das pautas do Senado.
“A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, disse Weverton, em nota.
Mais cedo nesta terça, a bancada do PDT na Câmara informou ter deixado a base de Lula. Segundo integrantes, o principal motivo para a debandada é o desejo de ver o partido se descolar do petismo às vésperas das eleições de 2026. Também afirmaram que o tratamento dado à sigla diante da farra no INSS foi desproporcional à colaboração que o PDT ofereceu ao governo.
O movimento surgiu dias após Carlos Lupi, presidente licenciado da sigla, deixar o Ministério da Previdência em meio às revelações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União sobre fraudes no INSS.
A investigação da PF e da CGU apura um esquema de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. O valor total dos descontos desde 2019 pode chegar a 6,3 bilhões de reais, embora ainda não se saiba qual é a fatia correspondente às fraudes.