O programa Café PT desta quarta-feira (22) recebeu Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Durante a entrevista, ele reforçou a importância de popularizar a ciência e detalhou iniciativas do governo Lula que ampliam o acesso ao conhecimento científico em todo o país.
“Você precisa explicar os fenômenos para a população. Por exemplo, um raio tem uma explicação científica, mas muitas vezes as pessoas associam isso a crendices populares. Popularizar a ciência é aproximar esse conhecimento das pessoas, para que elas entendam o que acontece em seu dia a dia”, explicou.
Para Arruda, levar o conhecimento científico ao povo é um processo de mão dupla. “O que desenvolvemos nos laboratórios deve chegar à população, mas também aprendemos muito com a sabedoria popular”, disse.
Ele citou o exemplo das enchentes em regiões desmatadas. “A população sabe os impactos das mudanças ambientais e pode nos ajudar a entender como a ciência pode mitigar esses problemas”.
Outro ponto abordado foi o papel das vacinas como exemplo de ciência aplicada. “Durante a pandemia da Covid-19, enfrentamos um ataque à ciência, com desinformações sobre a vacinação. No entanto, foi possível esclarecer para a população sua importância e a eficácia para prevenir doenças”.
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Políticas de popularização da ciência
Arruda ressaltou que, com o retorno de Lula à presidência, a Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social foi reativada com o objetivo de levar o conhecimento científico à população e promover o desenvolvimento. “A popularização da ciência fortalece a capacidade da sociedade de compreender e apoiar projetos de inovação”, disse.
Entre os exemplos práticos de atuação, o secretário citou as feiras de ciência em diversas regiões do país e o programa Mais Ciência na Escola. “Quando levamos planetários para as escolas, proporcionamos um ensino mais prático e atrativo, incentivando o interesse dos jovens pela ciência”.
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Reconstrução da ciência e tecnologia
Desde 2023, o governo tem investido na reestruturação do setor. Arruda destacou a realização da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada após 14 anos. “A conferência foi essencial para retomar o diálogo com a comunidade acadêmica e científica e definir novos rumos para o país.”
O secretário também mencionou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê R$ 26 bilhões em investimentos até 2028. “A inteligência artificial é fundamental para diversas áreas, como saúde e educação, e garantir que o Brasil desenvolva suas próprias tecnologias é uma questão de soberania”, destacou.
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Protagonismo internacional
A retomada do protagonismo do Brasil no cenário internacional também foi destaque. Arruda mencionou encontros como a Cúpula do BRICS e a COP30, que serão sediados no país. “Esses eventos colocam o Brasil no centro das discussões globais sobre desenvolvimento sustentável e inclusão social.”
O Brasil também retomou sua participação em organismos internacionais, como a Organização Europeia para Investigação Nuclear (CERN), na Europa, um dos principais centros de pesquisa em física de partículas do mundo. “Queremos garantir que o país esteja na vanguarda da ciência e da tecnologia”.
Entre as iniciativas que unem ciência e saberes populares, Arruda citou o programa de profetas da chuva no Ceará. “Esses saberes são essenciais e, em parceria com a ciência, ajudam a criar soluções eficazes para desafios locais.”
Ao encerrar a entrevista, o secretário reforçou a importância de democratizar o conhecimento. “Quanto mais acesso à ciência, mais oportunidades de crescimento social e econômico para o Brasil”, concluiu.
Da Redação
