Como parte da programação do 17º Encontro Nacional do PT , foi realizado na tarde desta sexta-feira (1º), em Brasília, a Plenária Nacional de Mulheres do PT. A atividade reuniu companheiras da Secretaria Nacional de Mulheres, do Coletivo Nacional, as deputadas federais Benedita da Silva (PT-RJ), Maria do Rosário (PT-RS) e Camila Jara (PT-MS), a senadora Teresa Leitão, a vice-prefeita de Abaetetuba (PA), Edileuza Muniz, deputadas estaduais e vereadoras, parte das novas presidentes eleitas durante o último Processo de Eleição Direta (PED) , além das sessões nacionais de Juventude, Nádia Garcia, e de Cultura, Vivi. 

O presidente do partido, Humberto Costa, prestigiou a atividade e destacou o papel das mulheres na luta política, além de fortalecer o compromisso do partido com as mulheres: “O PT tem sido pioneiro, desbravador no debate sobre a participação política das mulheres. O PT foi o primeiro partido a estabelecer cota mínima de participação nas suas descobertas das mulheres, depois avançou para ter uma seção paritária no nosso partido. Adotamos resoluções específicas do próprio PT para valorização da participação das mulheres nas disputarais originais das a gente participa.” Para ele, “é importante que as mulheres do PT continuem organizadas e mobilizadas no sentido de que o partido possa manter, preservar e avançar nesses compromissos”. 

A secretária nacional de Mulheres, Anne Moura, informou que o Coletivo Nacional elaborou um documento que será apresentado ao conjunto do encontro, que apresenta algumas defesas que as mulheres do PT entendem como permissão para a nova direção, que assumirá o partido a partir de domingo. O documento foi lido pela companheira da Executiva Nacional, Misiara.

“Tenho muito orgulho em dizer que na Secretaria Nacional de Mulheres a gente construiu sempre com consenso. A nossa política, aquilo que a gente construiu é maior, e tudo o que a gente vem enfrentando, sobretudo na participação das mulheres do PT, é a nossa unidade que nos garante, inclusive, na mesa do debate, por exemplo, do Fundo Eleitoral, na hora da defesa das companheiras vítimas de violência política de gênero. Esse encontro dá posse a uma nova direção e queremos provocar com esse documento e falar para o conjunto do encontro e das companheiras que, queremos, sim, um o congresso, que garantam não só aquilo que a gente conquistou, mas que a gente possa discutir algumas pautas importantes como a paridade real nas cargas estratégicas Não queremos compor por ser mulheres, queremos estar porque as mulheres têm capacidade”, contextualizou Anne.

A senadora Teresa Leitão relembrou que o partido foi a legenda que inovou na criação das cotas para mulheres nos espaços de poder. E que muitas das políticas públicas que hoje fazem parte do dia a dia das pessoas, “têm a nossa digital. Temos que dizer o significado dessas disputas, como o fim da escala 6×1, impactam a vida das mulheres.”

A pernambucana informou que duas categorias que são tipicamente ocupadas por mulheres – o magistério e a enfermagem – serão diretamente impactadas pela proposta da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. “O significado disso para as mulheres é imenso.”

A deputada federal Benedita da Silva, destacou a necessidade de as mulheres do partido estarem comprometidas com a missão de conquistar votos femininos com foco na reeleição do presidente Lula no ano que vem. Para isso, é preciso mostrar para o eleitorado o que foi realizado pela gestão Lula em comparação com o governo do inelegível.

Ela alertou ainda para a disputa que haverá com as mulheres da direita e da extrema direita, por isso as companheiras petistas devem estar preparadas e qualificadas para todos os cargos de vereadora, deputada estadual, deputada federal 

“Coloquem o nome de vocês a valer. Temos que ajudar umas as outras, que a gente esteja uma junto com a outra, o desafio é muito grande, porque mesmo sendo mulheres, algumas prejudicam o processo, a gente não pode ter medo de fazer o embate com elas”, defendeu Bené. 

A secretária nacional de Formação Política do PT e deputada federal, Maria do Rosário, conclamou a urgência de as mulheres atuarem em unidade para levar Lula à reeleição para garantir a consolidação do progresso que tem sido conquistado neste mandato. Ela alertou que é preciso estar atenta para o avanço da extrema direita, que segue destilando ódio e traindo a Pátria, vide os últimos acontecimentos protagonizados por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

“Nós mulheres vamos ter que fazer novamente a luta política. O nosso papel não é apenas o de repetição do que o governo vai reproduzindo, mas é de linha de frente, de diálogo, em cada rua, em cada comunidade, e nas periferias para fazer a luta política por consciência que nos leve à vitória do presidente Lula”,  afirmou Rosário. 

Na sequência, Vivi Martins, secretária nacional de Cultura, destacou a presença das mulheres no projeto Elas por Elas, e a atuação de Anne na condução do PED. Nádia Garcia, secretária nacional de Juventude, defendeu a importância de as mulheres se auto-organizarem para as disputas políticas, e relembrou que o PT é o único partido no mundo que exige a participação de 20% de jovens nos espaços de direção.

Para a socióloga e ex-deputada federal Reginete Bispo, do Rio Grande do Sul, as mulheres têm ocupado um papel importante na estruturação do nosso partido, mas também na democracia brasileira. 

A vice-prefeita de Abaetetuba (PA) reafirmou a urgência em “ocupar esses espaços que são decisivos para os espaços que decidem como nossas vidas, sendo urgente enfrentar a violência da negação de direitos.”

Presidentes estaduais eleitos no PED 

O PED apresentou um grande salto para as mulheres no quesito presidências estaduais: saiu de 2 para seis. Um número significativo, que evidencia o compromisso de militância com a ampliação de mais mulheres nos espaços partidários. 

Samanda Alves e Isolda Dantas integraram um mandato coletivo que ocupará a presidência do PT-RN, inovando na presidência dividindo-se com a companheira “jamais a gente imaginaria a ocupar um espaço como esse. As duas são do Rio Grande do Norte, estado notadamente feminista, sendo a única unidade da federal a ser governada por uma mulher, a companheira Fátima Bezerra. Samanda destacou a importância do PED: “A renovação do partido tem sido feminina e feminista. E isso é muito fruto de um exemplo da companheira Fátima.”

Leninha, a nova presidente do PT-MG, também é deputada estadual, e está há mais de 30 anos sem partido. Ela defendeu que o nosso projeto de país deve ser constante e que é necessário estar atento, pois a vida das pessoas acontece nas cidades. “Por isso, só a gente ocupando esses lugares é que conseguiremos fazer políticas públicas de impacto na vida das mulheres.”

Da Redação do Elas por Elas 

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Last Update: 01/08/2025