Ao assumir a presidência dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), Donald Trump se apressou para formalizar uma série de medidas extremistas para dar início ao que chamou de “Era de Ouro da América“. O GGN lista agora as primeiras ofensivas, confira:

Saída do Acordo de Paris

Ainda ontem, Trump assinou uma ordem executiva para tirar os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris, que prevê esforços globais de cerca de 200 países para enfrentar as mudanças climáticas, a partir da redução das emissões de gases de efeito estufa.

Esta é a segunda vez que isso ocorre. No seu primeiro mandato, Trump já havia retirado os EUA do compromisso internacional, firmado em 2015, sendo que seu país é o maior emissor de gás estufa da história.

O republicano, inclusive, assinou uma carta formal dirigida à Organização das Nações Unidas (ONU), notificando sua decisão. Negacionista, o presidente dos EUA não reconhece a existência de uma crise climática.

Saída da OMS

Assim como fez com o Acordo de Paris, Trump deu início ao processo em relação à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ordenou às agências federais a interrupção de “futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos EUA para a OMS”.

Até então os norte-americanos eram os principais doadores da organização. Ao assinar o decreto, Trump alegou que os EUA pagam mais que a China ao braço da ONU. “A OMS nos roubou”, disse ele. 

Em resposta, a OMS disse que “lamenta” a decisão, uma vez que o corte no financiamento pode comprometer suas operações globais. “Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem” sua posição, disse Tarik Jasarevic, um porta-voz da entidade com sede em Genebra. 

Perdão aos invasores do Capitólio 

Como prometeu durante sua campanha eleitoral, Trump concedeu, ainda na noite desta segunda-feira, indultos a cerca de 1.500 apoiadores acusados de participar da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

No ataque, milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, a sede Congresso dos EUA, com o objetivo de mantê-lo no Salão Oval após perder a eleição presidencial de 2020 para o democrata Joe Biden. Centenas de pessoas foram condenadas no caso, ligado a diversas mortes, incluindo suicídios de policiais traumatizados. 

Ontem, durante um discurso na Capital One Arena, Trump afirmou que os acusados presos eram “reféns“, uma vez que “não fizeram nada de errado“.

Ofensiva contra imigração

No discurso de posse, Trump já havia anunciado uma declaração de emergência nacional na fronteira sul, ou seja, com o México. A medida autoriza o uso adicional de recursos do Departamento de Defesa na região. 

Logo, o republicano também determinou que o secretário de defesa ou os de serviço militar “ordenem quantas unidades ou membros das Forças Armadas, incluindo a Reserva Pronta e a Guarda Nacional” para dar suporte à “missão”, que visa impedir qualquer entrada ilegal nos EUA. 

O republicano suspendeu o programa que poderia conceder asilo a estrangeiros que queriam entrar nos EUA. Até o aplicativo usado para agendamento de entrevistas foi retirado do ar.

Mais medidas extremas

Além dessas medidas, Trump já deu início a uma série de outras para acabar com a cidadania por nascimento e por um fim nas políticas relacionadas à identidade de gênero ou à afirmação racial. O republicano também revogou normas de proteção ambiental para expansão da exploração americana de petróleo e gás e garantiu que irá retomar o controle do Canal do Panamá.

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Last Update: 21/01/2025