
Segundo Gakiya, a Bolívia foi escolhida por facilitar a obtenção de documentos falsificados e pela vulnerabilidade institucional, que permite aos criminosos circularem livremente e até estabelecerem negócios.

Ele cita o caso de outro integrante da facção, conhecido como Mijão, que vive com luxo em Santa Cruz, onde é proprietário de uma casa de shows e um restaurante. Mesmo procurado há mais de duas décadas no Brasil, o criminoso circula livremente no país andino.
“O Tuta estava tão à vontade que chegou a procurar as autoridades bolivianas para renovar documentos falsos. Isso mostra o nível de tranquilidade com que esses líderes vivem lá”, afirmou Gakiya.
De acordo com o promotor, o PCC domina atualmente o território boliviano. A migração dos criminosos da facção do Paraguai para a Bolívia teria ocorrido ainda na década de 2010, justamente por causa da corrupção entre policiais e servidores públicos locais, o que torna o país um ambiente seguro para manter as operações do grupo longe do alcance da polícia brasileira.
A prisão de Tuta também revela, segundo o MP-SP, a formação de uma célula da “Sintonia Final” do PCC — núcleo estratégico da organização — em Santa Cruz de la Sierra, considerada a cidade mais rica e influente da Bolívia. O objetivo é claro: garantir a continuidade e a expansão das atividades do tráfico de drogas, ainda a principal fonte de renda da facção.
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