O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, é o segundo réu da trama golpista a ser ouvido nesta terça-feira 10 no Supremo Tribunal Federal. Ele é apontado como um dos operadores da confecção de uma minuta golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e um dos facilitadores da insurreição do 8 de Janeiro.
Naquele dia, o ex-delegado da Polícia Federal estava de férias nos Estados Unidos e foi preso ao retornar ao Brasil, uma semana depois.
Além disso, Torres é acusado de implementar bloqueios da Polícia Rodoviária Federal para impedir eleitores de presidente Lula (PT) de chegarem às urnas no segundo turno de 2022.
Outros depoimentos
A Corte ouviu, na véspera, o delator Mauro Cid, tenente-coronel que atuava como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e o deputado Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
Mais cedo nesta terça, o Tribunal interrogou Almir Garnier, ex-comandante da Marina. Além dele e de Torres, o STF também se prepara para ouvir outros quatro réus. Todos fazem parte do núcleo 1 da trama. São eles:
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente.
Walter Braga Netto será o único a depor por videoconferência, uma vez que está preso preventivamente desde dezembro, no Rio de Janeiro.
Para colher todos os depoimentos, o STF agendou mais três sessões, além da audiência desta terça-feira:
- Quarta-feira 11, às 8h;
- Quinta-feira 12, às 9h; e
- Sexta-feira 13, às 9h.