Ancelotti é o nome que a CBF trabalha

A CBF, velha senhora sem projeto de futebol, tenta tapar o sol com euros. Agora a aposta é Carlo Ancelotti (foto/reprodução internet), técnico respeitável, sim, mas símbolo de um sistema que a seleção não entende, nem absorve. Segundo a imprensa espanhola, a entidade ofereceu cifras obscenas ao italiano, em plena crise do futebol nacional. Querem importar excelência sem plantar estrutura. A demissão de Dorival, pós-goleada para a Argentina, escancarou o improviso: troca-se de técnico como se troca de uniforme, sem plano, sem filosofia, sem base. A ideia é sempre resolver no grito — ou no glamour de um nome estrangeiro. Jorge Jesus se ofereceu e foi ignorado, mas não é sobre nomes. É sobre propósito. A Seleção não precisa de um salvador: precisa parar de tratar o futebol como balcão de negócios. E isso, nem Ancelotti dá conta.

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