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Perseguição e Desespero
por Rui Daher
Um sentimento de desespero me acompanha há anos. Apesar das lutas e do esforço, nada tem dado certo. Sinto-me constantemente observado. Qualquer movimento, por menor que seja, é seguido de uma repreensão ou oferta de ajuda. Diante dessas situações, reajo com raiva; quando há ajuda, agradeço civilizadamente.
Como um homem de mais de 80 anos, acredito que já tenho exposto esse fato em outros lugares. Nunca fui anônimo. Tudo está aberto e honesto. Meu nome, endereço, processos, credos e credores estão confessos. O primeiro termo da tradicional associação permite controvérsias, mas leves.
Ataquei personalidades e grupos indistintos em defesa de minhas convicções. Isso é a razão pela qual estou aqui e em outros lugares. Por isso, acredito que já tenha pago com observações, respostas de repugno e até processos lesivos e inimizades.
Alguns exemplos de ataques contra e a favor de unanimidades nacionais que eu combato incluem a defesa do comportamento extracampo de Neymar, a execração da música e dos músicos sertanejos que não sejam de raiz, a não aceitação do gênero musical mais ouvido no Brasil e a defesa de um Estado Palestino que inclua a Faixa de Gaza.
Sim à Ucrânia de Zelensky e não ao genocida Putin; sim a um Estado Palestino que inclua a Faixa de Gaza e não ao sionismo de Netanyahu, inconsciente do que o povo judeu sofreu com a Alemanha nazista na II Guerra Mundial; mesmo um gagá Joe Biden e não um ultradireitista e mentiroso Donald Trump, restolho do imperialismo norte-americano.
E assim andava eu quando fui pedir ajuda ao Conselho Celestial do Dominó de Botequim. Orei forte. Que descobrissem quem era o perseguidor que vinha me colocando em situações adversas. Ao mesmo tempo, convoquei uma reunião com a Redação do “Anarriê, Alavantú” para que seus jornalistas usassem suas fontes e revelassem a identidade do gajo.
Passada uma semana e quase concomitantemente chegou uma emanação do além, assinada por Ariano Suassuna, e uma ligação de Nestor dizendo ter novidades. Haviam identificado a causa de meus transtornos.
Espantei-me. As duas versões coincidiam. Um hacker de origem russa, à frente do que já fora inventado, à soldo de uma conjunção de políticos de ultradireita, recursos obtidos com a venda de joias sauditas e relógios suíços de alto valor, doados a mandatários inescrupulosos de vários países e algumas seitas religiosas.
Seu nome é Pavlov Kaspersky. Insistente, a cada vez que se oferece ao meu notebook e eu o renego, ele me oferece uma derrota nos negócios ou na saúde. Pior, reproduzia-se na mesma proporção que ratos novaiorquinos.
Nos últimos tempos, resolveu colocar anúncios publicitários sobre qualquer texto que me interesso. Divirto-me como num game matando “xizinhos” de minha tela. É gostoso.
Abaixo o único talento completo surgido da nova geração musicista no Brasil.
Rui Daher – administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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