São Paulo – O ex-CEO da Americanas, Luís Silva, e a ex-executiva, Maria Fernanda, alvos da Polícia Federal e foragidos, foram incluídos na lista da Interpol. Investigados pelo rombo de mais de R$ 25 bilhões na rede varejista, ambos são alvos de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva na manhã desta quinta (27).
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Silva, que tem dupla nacionalidade (brasileira e espanhola), deixou o Brasil logo após sair do comando da empresa. E Fernanda também deixou o país.
Além dos mandados de prisão preventiva, nesta quinta-feira (27) os agentes cumprem 15 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens e valores autorizados pela Justiça, que somam mais de R$ 500 milhões.
Segundo a Polícia Federal, os alvos da operação praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado. Ou seja, operação na qual a empresa consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.
Ex-CEOs venderam ações quando souberam da troca de comando das Americanas
Mas também foram identificadas fraudes complexas. Inclusive envolvendo contratos de verba de propaganda, que consistem em incentivos comerciais que nunca existiram. E a venda de ações da empresa pelos ex-CEOs quando souberam da troca de comando e que as irregularidades seriam descobertas.
As investigações da Polícia Federal contaram com a colaboração da atual diretoria do grupo Americanas. E tiveram a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Também por meio de nota, o grupo Americanas informou que reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso “e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria”. De acordo com a empresa os ex-diretores manipularam, de forma intencional, os controles internos existentes. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.
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Redação: Cida de Oliveira