A Amazon anunciou o fechamento de todas as suas sete unidades na província de Quebec, no Canadá, uma decisão que afetará cerca de 1.900 trabalhadores, incluindo efetivos e temporários. Ronaldo Leite, Secretário Geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretor da FINDECT Brasil, condenou veementemente a atitude da Amazon. Para ele, o fechamento do único centro sindicalizado da empresa no Canadá é um exemplo claro de práticas antissindicais.
“A decisão da Amazon de encerrar as operações em Quebec, demitindo centenas de trabalhadores e fechando o único centro de distribuição sindicalizado no Canadá, é mais um exemplo claro de sua prática antissindical e do desrespeito aos direitos dos trabalhadores. A empresa prefere fechar um centro de distribuição inteira a negociar com os trabalhadores organizados. Essa atitude reflete seu histórico de sufocar iniciativas sindicais, demonstrando que a lógica do lucro é superior à dignidade e às condições de trabalho de seus funcionários. repudiem ações como essa, que atacam frontalmente os direitos”, disse Ronaldo Leite.
O anúncio gerou forte reação sindical, especialmente porque a unidade em Laval, próxima a Montreal, era a única instalação da Amazon no Canadá com certificação sindical. Menos de um ano após sua sindicalização, os trabalhadores estavam em negociação para o primeiro acordo coletivo com a empresa. Sindicatos locais classificaram o fechamento como uma manobra antissindical, acusando a Amazon de retaliar contra os esforços de organização dos trabalhadores.
A medida também provocou reações de autoridades locais, como o ministro da Indústria do Canadá, que expressou frustração com o fechamento. Enquanto isso, a Amazon ofereceu pacotes de transição aos funcionários afetados, incluindo até 14 semanas de pagamento e suporte para recolocação profissional. No entanto, representantes sindicais prometeram tomar medidas legais para proteger os direitos dos empregados e denunciaram a decisão como uma afronta ao Código Trabalhista de Quebec.