A Faculdade Santa Marcelina, localizada na Zona Leste de São Paulo, iniciou uma sindicância para investigar ao menos 24 estudantes de medicina após a exibição de uma faixa com a frase “entra porra, escorre sangue”, em alusão a um crime de estupro, durante um evento esportivo destinado aos calouros do curso no último sábado.
A imagem, que mostra o grupo de estudantes com a faixa, rapidamente circulou nos grupos internos da faculdade e gerou forte repercussão. Diversas instituições universitárias e a própria direção da faculdade emitiram notas de repúdio ao ocorrido.
A frase da faixa, que causou indignação, faz alusão explícita à violência sexual, algo que remete a um episódio anterior na instituição, em 2017, quando uma música com conteúdo semelhante foi banida por incitar a violência contra mulheres.
Ainda no sábado à noite, o presidente da Atlética da faculdade publicou um pedido de desculpas nas redes sociais, explicando que não havia lido o conteúdo da faixa antes de posar para a foto. No entanto, a Atlética alegou que a confecção da faixa foi de responsabilidade dos calouros e anunciou o afastamento imediato do presidente e dos vice-presidentes da gestão 2025.
De acordo com relatos de alunos, a frase presente na faixa teria sido inspirada em uma letra de música que, em 2017, foi proibida pela faculdade por fazer apologia à violência sexual. A letra, que continha versos como “entra porra e sai sangue”, foi alvo de denúncias de coletivos estudantis, levando à sua proibição pela direção da instituição.
A Faculdade Santa Marcelina se manifestou de forma veemente contrária ao ocorrido, afirmando que os responsáveis pelo episódio serão punidos de acordo com a gravidade da infração. As sanções podem variar de advertências a suspensão ou até mesmo expulsão. Além disso, a instituição informou que acionou as autoridades competentes para a devida investigação do caso.
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