O aumento do IOF sobre crédito e câmbio — de 1,88% para até 3,95% ao ano — elevou o custo de financiamentos em mais de 5 pontos percentuais, segundo o BTG Pactual. O setor mais atingido é o varejo, altamente dependente de antecipação de recebíveis e risco sacado. Magazine Luiza, da empresária Luiza Trajano (foto/reprodução internet) e Casas Bahia já sentem os efeitos. Grandes empresas devem acelerar sua ida ao mercado de capitais, enquanto pequenas e médias, sem acesso a alternativas, enfrentam maior aperto. A expectativa é de migração para FIDCs, isentos da nova cobrança. Outros setores afetados incluem alimentos (Minerva) e combustíveis (Raízen, Ultrapar). Já o impacto na previdência privada tende a ser mais contido, atingindo principalmente aportes elevados em VGBL, afetando BB e Caixa Seguridade. A medida amplia distorções e pressiona o crédito produtivo num momento delicado da economia.
