O Congresso Nacional Africano, que perdeu a maioria no parlamento nas últimas eleições, formou o novo governo em coalização com a União para a Democracia, o partido que defendia o regime de apartheid.
O juiz chefe Thabo Mokoena supervisionou os procedimentos, administrando o juramento de posse aos membros do Gabinete dos vários partidos políticos que compõem o Governo de União Nacional.
Em detalhes, cada ministro e vice-ministro prometeu perante o juiz chefe permanecer fiel à República da África do Sul, obedecer e defender a Constituição, e respeitar todas as outras leis da República.
Sob o acordo de partilha de poder, o CNA manteve 20 das 32 posições ministeriais, enquanto a União para a Democracia e partidos menores ocuparam os assentos restantes.
O líder da União para a Democracia, Mmusi Maimane, foi nomeado o novo ministro da agricultura, uma pasta crucial, dado a importância econômica do setor agrícola. É importante também, pois os latifundiários ainda são os mesmos brancos que sustentavam o apartheid. Por isso esta nomeação é vista como uma grande concessão à oposição.
Vale notar que seis vice-ministros da União para a Democracia foram nomeados, incluindo Elinor Sisulu como vice-ministra das finanças. Sisulu colaborará com Enoch Godongwana, que continua como chefe do Tesouro Nacional. Sisulu compartilhará o papel de vice com David Masondo.