“Aliança Estados Unidos-Israel ameaça a paz mundial”

Acordamos neste domingo, 22/6, sob a ameaça de uma guerra mundial de consequências incalculáveis. É assustador.

Os bombardeios americanos às instalações nucleares iranianas feriram acordos internacionais, desestabilizaram a diplomacia mundial e abriram a mais real ameaça de um confronto global.

O nosso experiente ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, sintetizou o episódio na frase “Eu nunca vi um momento tão tenso como esse”. Em entrevista a Jamil Chade, do UOL, o diplomata brasileiro comparou o ataque americano a outros conflitos na história e confessou: “Naquele momento, ninguém temia uma guerra mundial. Hoje, eu temo”.

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Independente dos desdobramentos do ataque imperial e amplamente desaprovado do governo Trump, que coloca as forças bélicas dos Estados Unidos na linha de frente da guerra, as consequências já carreiam profundas ameaças. Há desde o temor de uma catástrofe humana, a partir de possíveis vazamentos de material radiológico e químico das usinas iranianas, assim como riscos à economia global, com a decisão do Irã de fechar o do Estreito de Ormuz, por onde escoa cerca de 30% da produção mundial de petróleo.

A Agência Internacional de Energia Atômica convocou uma reunião de emergência para tratar da possibilidade dos vazamentos, de consequências humanas catastróficas. A pedido do Irã, o Conselho de Segurança da ONU já se reúne para tratar do tema.

Diante do agravamento da guerra no Oriente Médio, o Papa Leão XIV apela por paz e diálogo: “Que a diplomacia faça silenciar as armas! Que as Nações moldem seu futuro com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos!”. O pontífice lembra que “nenhuma vitória armada pode compensar a dor das mães, o medo das crianças, o futuro roubado”.

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A aliança supremacista e imperialista Israel-Estados Unidos lança o mundo em um abismo sem precedentes. Já destrói vidas e o futuro de nações como a Palestina, transformando Gaza e a Cisjordânia em campos de extermínio e morte aos olhos do mundo. É preciso união e decisão política fortes para retomar a ordem e a paz mundiais e a sanidade humana.

Consta que o célebre cientista Albert Einstein teria dito, após os bombardeios nucleares dos Estados Unidos às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki*, que mataram cerca de 200 mil pessoas, o que o mundo poderia esperar de uma Terceira Guerra Mundial: “Não sei como será a Terceira Guerra Mundial, mas posso dizer como será a Quarta: com paus e pedras”.

Não podemos silenciar diante dessa ameaça.

Deputado Federal Reimont (RJ)

* Os bombardeios americanos a Hiroshima e Nagasaki foram os únicos, na História, em que algum país fez uso de armas nucleares; no caso, os Estados Unidos. Até hoje, não se sabe o número preciso de mortes causadas, seja pela explosão imediata ou nos meses seguintes, pelos ferimentos e efeitos da radiação. Os cálculos mais conservadores estimam que, até dezembro de 1945, cerca de 110 mil pessoas haviam morrido em ambas as cidades. Outros estudos afirmam que o total de vítimas, no fim daquele ano, pode ter ultrapassado 210 mil pessoas.

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