Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro esperam que ele seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar de ter sido indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato no caso das joias, a expectativa é que a trapa golpista gere imputações mais graves. A informação é da coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.
Na última segunda (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo sobre o inquérito que apura o desvio de joias e mandou o caso à PGR, que terá um prazo para decidir se denuncia o ex-presidente ou não.
A expectativa da Polícia Federal é concluir o relatório sobre a trama golpista ainda nesta semana e investigadores apontam que há elementos para enquadrar Bolsonaro nos crimes de abolição do Estado Democrático de Direito, que tem pena de 4 a 8 anos de prisão, e golpe de Estado voltado para tentar depor um governo legitimamente constituído, cujas pena vai de 4 a 12 anos de cadeia.
Para o entorno de Bolsonaro, um novo indiciamento pode pavimentar seu caminho para a cadeia, mas gera risco ao Supremo, já que ele pretende reforçar o discurso de perseguição política e incitar apoiadores caso seja preso.
“Bolsonaro preso é um problema para o STF e pode gerar um movimento popular pela sua soltura. Mas antes disso, se Bolsonaro for absolvido, o Supremo será considerado um covarde, capturado pela direita. Se condená-lo, alimenta a tese bolsonarista de perseguição e pode produzir um caos político”, diz um interlocutor do ex-presidente.
O clima político também tem influenciado o trabalho de Paulo Gonet, procurador-geral da República, que prefere tomar a decisão sobre denunciá-lo ou não após as eleições municipais para evitar uma contaminação do pleito. Ele não descarta, no entanto, oferecer as denúncias antes da disputa.
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