O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em encontro nos Estados Unidos, em 2019. Foto: Casa Branca

Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos têm mapeado os bens de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no exterior. A ideia é usar as informações para municiar o governo de Donald Trump caso decida ampliar as sanções contra autoridades brasileiras.

Segundo a coluna de Letícia Casado no UOL, Eduardo, que fugiu para o país, tem atuado como intermediário entre bolsonaristas, parlamentares americanos e integrantes do Executivo dos Estados Unidos em temas relacionados ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O magistrado tem mirado dois blogueiros bolsonaristas que vivem nos Estados Unidos: Paulo Figueiredo e Allan dos Santos. Os dois são os principais expoentes do grupo que busca sanções contra autoridades brasileiras e têm apoio de parlamentares aliados de Trump, como María Elvira Salazar e Jim Jordan.

Figueiredo já chegou a sugerir a Elon Musk, dono do X (ex-Twitter) e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, usar a Lei Magnitsky, que prevê congelamento de ativos no país ou em instituições financeiras que tenham contato com o sistema bancário americano, contra Moraes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Eduardo e Figueiredo têm se reunido com os principais envolvidos no projeto que barra a concessão de visto americano a Moraes e familiares. Um comitê do Congresso americano já aprovou um projeto de lei com a sanção, mas o texto ainda deve passar pelo plenário das duas Casas Legislativas.

O deputado pretende usar as sanções americanas para pressionar Moraes, que é o relator do inquérito do golpe, e tentar gerar algum alívio ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, um dos alvos da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Na última terça (18), Eduardo anunciou que fugirá definitivamente para os Estados Unidos e não voltará ao Brasil. Ele diz que não pretende se submeter ao que chama de “regime de exceção” e ameaçou Moraes, dizendo que vai buscar “sanções aos violadores de direitos humanos”.

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Last Update: 20/03/2025