Na última terça-feira (7), a Meta realizou mudanças significativas tanto nas diretrizes de sua comunidade quanto nos temas de personalização do Messenger, gerando repercussão entre ativistas e usuários. As atualizações incluem alterações nos nomes dos temas voltados à comunidade LGBTQIA+ e ajustes nas políticas que regulam discursos considerados ofensivos contra grupos minoritários.
Os temas do aplicativo Messenger, que permitem personalizar as cores de conversas específicas, tiveram seus nomes modificados. O antigo tema “Orgulho”, inspirado nas cores da bandeira LGBTQIA+, passou a se chamar “Arco-Íris”.
Outras mudanças incluíram os temas que representavam a bandeira transgênero (azul, rosa e branco), agora chamado “Algodão Doce”, e a bandeira não-binária (amarelo, branco, roxo e preto), renomeado para “Pôr do Sol Dourado”. As alterações foram inicialmente divulgadas pelo site Núcleo Jornalismo. Embora a mudança tenha sido notada em alguns dispositivos, em outros os nomes antigos permanecem ativos, indicando uma implementação gradual.
Esses temas foram lançados em maio de 2022, como parte de uma ação de marketing durante o Mês do Orgulho LGBTQIA+, celebrado anualmente em junho. A data homenageia a Revolta de Stonewall, marco histórico na luta pelos direitos LGBTQIA+, quando membros da comunidade enfrentaram uma repressiva batida policial em Nova York.
No mesmo dia, a Meta anunciou mudanças polêmicas em suas diretrizes da comunidade. Agora, conteúdos que fazem alegações de “doença mental ou anormalidade” com base em gênero ou orientação sexual são permitidos, desde que justificados por crenças religiosas ou políticas.
O documento, que regula publicações no Facebook, Instagram e Threads, também abre espaço para declarações como a proibição de mulheres em cargos militares ou policiais e restrições a homens ensinando disciplinas como matemática, com justificativas baseadas em gênero ou sexualidade.
Essas mudanças foram alvo de críticas. Chris Gonzatti, professor de comunicação da Unisinos, declarou no X (antigo Twitter): “A liberdade de expressão que eles defendem é, na verdade, liberdade de opressão para invisibilizar tudo aquilo que não agrada a política de Donald Trump e da extrema-direita”.
Meta alterou nome de temas do Messenger para remover termos LGBT+. A liberdade de expressão que eles defendem é, na verdade, liberdade de opressão pra invisibilizar tudo aquilo que não agrada a política de Donald Trump e da extrema-direita
Capturas de tela comparando os nomes… pic.twitter.com/VsIhO9icEz
— Chris | Diversidade Nerd (@chrisgonzatti) January 8, 2025
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