O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve a prisão preventiva de Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, ré na Corte por participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. A decisão é de 27 de junho, mas foi publicada nesta terça-feira 2.
Conhecida como Fátima de Tubarão, ela foi detida na terceira fase da Operação Lesa Pátria, vinte dias após a invasão às sedes dos Três Poderes. A bolsonarista ganhou fama depois de aparecer em um vídeo durante os atos antidemocráticos: “Vamos pra guerra, vamos pra guerra. Vou pegar o Xandão agora”, disse.
Ela se tornou ré no Supremo no ano passado. Quando a denúncia foi analisada, os advogados negaram a acusação, sustentaram que o tema não era competência da Corte e que o pedido deveria ser rejeitado.
É a terceira vez que o ministro rejeita um pedido da defesa para tirar Maria de Fátima da cadeia. A prisão, segundo o magistrado, é uma medida ainda necessária para interromper atividades criminosas, já que há indícios significativos de que ela participou da invasão aos prédios públicos.
O ministro também sustentou que manteria a detenção ante a evidente impossibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares diversas.
Além disso, verifico que a Defesa não trouxe argumentos aptos a afastarem os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva da ré, que se mantém íntegros na atualidade, não se comprovando nos autos excepcionalidade alguma que justifique sua revisão.