A polícia alemã prendeu um indivíduo suspeito de estar ligado a um esfaqueamento que deixou três pessoas mortas e quatro gravemente feridas em Solingen, no oeste do país, e disse que um motivo “terrorista” “não pode ser descartado”.
O ataque ocorreu por volta das 21:40 (16:40 em Brasília) de sexta-feira, quando milhares de pessoas se reuniram em frente a um palco para marcar a abertura das festividades da cidade.
A polícia da vizinha Düsseldorf está investigando se o suspeito tem “uma possível conexão com o crime”.
O escritório da promotoria disse que ele é um adolescente de 15 anos suspeito de “deixar de relatar” um ato criminoso. Os investigadores acreditam que ele pode ter estado em contato com o autor do ataque.
O último relatório da polícia mostra três mortos e oito feridos, quatro deles com gravidade.
Os mortos são dois homens de 56 e 67 anos e uma mulher de 56 anos.
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, escreveu na rede social X que “o culpado deve ser preso rapidamente e punido em toda a extensão da lei”.
O promotor de Düsseldorf, Markus Caspers, disse que “ainda não conseguimos identificar um motivo, mas presumimos, dadas todas as circunstâncias, que a suspeita inicial de uma ação terrorista não pode ser descartada”.
Uma grande operação policial está em andamento para encontrar o suspeito, que fugiu após o ataque.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, descreveu o ato como um ‘ataque brutal’ e disse que “nossas forças de segurança estão fazendo todo o possível para prender o criminoso” e determinar seu motivo.
O ministro regional do Interior, Herbert Reul, explicou que “um homem armado com uma faca esfaqueou pessoas aleatoriamente e as matou”.
O festival público onde ocorreu o esfaqueamento foi um dos vários eventos planejados para marcar o 650º aniversário da fundação de Solingen.
A cidade de Solingen tem cerca de 150.000 habitantes e está localizada na área de mineração do Ruhr, entre Düsseldorf e Colônia.
Os policiais estão sendo auxiliados por unidades de forças especiais e um helicóptero, disse um fotógrafo da AFP.
O autor do crime ainda não foi identificado.
Os investigadores pediram ao público que relatasse qualquer informação que pudesse ser útil para encontrar o autor do crime, incluindo fotos e vídeos.