Além de Zambelli, veja outros políticos na lista de procurados da Interpol

A deputada fujona Carla Zambelli – Foto: Reprodução

A Interpol incluiu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a medida, a parlamentar poderá ser presa ao entrar ou circular por qualquer um dos 196 países-membros da organização internacional.

A decisão consta de despacho assinado por Moraes, na última quarta-feira (4), no qual o ministro também determinou a prisão preventiva de Zambelli, o bloqueio de seus bens e o encerramento de seus perfis em redes sociais.

Além da deputada, outros agentes políticos brasileiros já foram incluídos na lista da Interpol ao longo dos anos.

Um dos casos mais conhecidos é o de Paulo Maluf, que permaneceu na lista por sete anos após ser acusado de desviar mais de US$ 11 milhões em fundos públicos. Em 2017, foi condenado por lavagem de dinheiro, e em março de 2024, a Suprema Corte da Suíça determinou a devolução de US$ 16,3 milhões ao Brasil, valores ligados ao ex-prefeito.

Paulo Maluf na lista de procurados da Interpol – Foto: Reprodução

Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, entrou na lista em 2013, acusado de envolvimento no mensalão. Mesmo com dupla cidadania, foi extraditado da Itália em 2015 e solto dois anos depois, quando teve a pena extinta pelo indulto presidencial assinado por Michel Temer.

A Interpol também rastreou investigados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Condenados pelos atos contra os Três Poderes fugiram da Argentina para países como Peru e Colômbia – no entanto, apesar de identificados, não houve difusão para esses casos, pois a Interpol considera esse tipo de crime como de natureza política.

Quatro brasileiras envolvidas nos ataques foram presas ao tentar cruzar ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos. Três foram capturadas logo após a posse de Trump, em janeiro de 2025. Estima-se que mais de 30 foragidos deixaram a Argentina em grupos organizados, após o país começar a prender brasileiros com extradições solicitadas pelo STF.

Em 2022, o Supremo Tribunal Federal pediu à Interpol que incluísse Allan dos Santos na lista de procurados. A polícia internacional recusou o pedido por falta de informações. O influenciador, que fugiu para os EUA em 2020 e vive no país com o visto expirado, é investigado por crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação ao crime.

Outro caso de recusa envolveu Oswaldo Eustáquio, acusado de vandalismo em Brasília. A Justiça da Espanha negou sua extradição em abril de 2025, alegando perseguição política.

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